Ideologia da competência

As convenções municipais realizadas pelos partidos políticos estão oficializando nomes para as eleições de outubro, quando estarão em disputa as vagas de prefeitos e vereadores, cargos que conferem aos eleitos bastante visibilidade, importância no contexto social das cidades e acesso facilitado aos poderes estaduais e federais.

Nesta fase inicial do processo eleitoral não existe qualquer influência ou interferência do eleitor cidadão comum que não participa e não é filiado aos partidos, uma vez que cabe apenas às agremiações a escolha daqueles que terão seus nomes nas urnas.

O sistema eleitoral brasileiro, ainda que bastante democrático e participativo, oferece ao eleitor uma espécie de cardápio montado pelos membros de cada partido, o que reduz a participação popular no processo de legitimação dos cargos pelo voto direto e secreto, já que o eleitor fica restrito aos nomes indicados.

A forma de composição das chapas foi idealizado pelos legisladores no sentido de que sejam feitas indicações coerentes, de pessoas capacitadas e preparadas para os cargos, que de fato liderem grupos e estejam aptos a administrar volumes de recursos elevados com competência e probidade.

“…será preciso que o eleitor faça sua parte com menos paixão e mais discernimento.”

Entretanto, a lógica da política partidária não privilegia a capacidade do candidato de governar, mas sim a possibilidade de vencer os adversários, sem considerar os requisitos básicos necessários a um prefeito ou vereador para o exercício dos cargos e muito menos seus atributos e valores pessoais.

Além da ânsia desenfreada pelo poder, os partidos políticos estão buscando em seus candidatos, também na política municipal, a posição ideológica atrasada que permeia o enorme abismo criado na sociedade brasileira dividida em dois grupos que se digladiam de maneira insana.

Para corrigir as distorções criadas pela política tradicional, única responsável pelo atraso institucional e econômico que mantém o país como integrante do chamado terceiro mundo, ou subdesenvolvido, será preciso que o eleitor faça sua parte com menos paixão e mais discernimento.

A utilização do critério correto de escolha, com base nas exigências e nos fundamentos necessários para cada cargo, será essencial para que tenhamos prefeitos capacitados e vereadores conscientes, uma vez que, nas pequenas cidades, a melhor e mais eficiente forma de garantir o desenvolvimento é fazer as escolhas pela ideologia da competência e da probidade.

CONFIRA TODO O CONTEÚDO DA VERSÃO IMPRESSA DO JORNAL DA COMARCA – Assine o JC – JORNAL DA COMARCA –     Promoção: R$ 100,00 por seis meses

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.