Ideologia do atraso

Enquanto a sociedade brasileira se divide em posições político-ideológicas, a grande maioria sem conhecer a origem, a essência e ou sequer o significado do termo que define as ideias humanas quanto às percepções do mundo em relação à consciência social, de poder econômico e de divisão de classes, nossos políticos preferem a ideologia do enriquecimento fácil, mesmo que ilícito. Os mandatários de qualquer matiz ideológica se revezam nos cargos e nos escândalos de corrupção, malversação, superfaturamento e incompetência no gerenciamento da máquina pública que permanece onerosa, emperrada e inchada.

Enquanto os cidadãos discutem entre amigos e familiares e se engalfinham em luta agressiva pelas redes sociais a melhoria da condição de vida do povo, os seus eleitos, aos quais foram confiados os votos a troco de promessas de mudanças, desejam apenas manter o sistema exatamente como foi concebido: oferecendo privilégios, facilitando os desvios e garantindo a impunidade. O revezamento entre mandatários de esquerda e direita traz apenas a mudança da retórica, do discurso fácil que agrada a cada uma das massas, sem alterar as formas atrasadas e perversas de usufruir o poder.

“…nossos políticos preferem a ideologia do enriquecimento fácil…”

O presidente Lula da Silva criou o Mensalão para comprar os votos dos deputados e senadores e foi condenado por corrupção, mas seus seguidores o têm como liderança ilibada, capaz de transformar a sociedade brasileira, mesmo sem faze-lo depois de 16 anos de mandato de seu partido. O ex-presidente Bolsonaro sempre viveu de rachadinhas como parlamentar e no governo criou o Orçamento Secreto para substituir o Mensalão e o Petrolão, além de flertar permanentemente com o autoritarismo e o negacionismo que fez do Brasil o campeão de mortos na pandemia, mas seus adeptos o têm como Mito.

Depois de eleger e testar todas as opções disponíveis na política nacional, desde o aventureiro irresponsável Collor de Mello, passando pelo fraco intelectual Fernando Henrique Cardoso, chegando ao matreiro líder operário Lula da Silva, que produziu a limitada Dilma Roussef, até desembocar no grotesco Bolsonaro, permanecemos no atraso institucional, social, moral e ético. Basta uma retrospectiva no noticiário nacional para verificar que continuamos com a mesma ideologia do atraso, cujos legislativos são chantagistas, os executivos compradores de votos e apoio e as instâncias do judiciário corrompidas pelos outros dois poderes.

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Cláudio Pissolito

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