No último sábado, 30 de março, por volta das 22 horas, um incêndio devastou por completo a casa da faxineira Vilma Sueli Souza, de 48 anos, localizada na Rua Pedro Álvares Cabral, 365. O incidente ocorreu enquanto Vilma e seu filho estavam dormindo, com o relógio marcando 22h30. Seu filho, de apenas 12 anos, dormia no sofá, enquanto Vilma estava em seu quarto.
Apesar do rápido acionamento dos bombeiros, que conseguiram salvar algumas roupas, a residência construída em tijolos ficou completamente destruída. Agora, Vilma e seu filho se veem em uma situação desesperadora, sem ter para onde ir.
A casa onde residiam era cedida, e o fogo consumiu tudo o que possuíam. Após o incêndio, a mulher e o filho passaram a ocupar um imóvel com apenas dois cômodos, que pertencia a mãe dela. A moradia não dispõe de água encanada, tornando a situação ainda mais difícil. Embora tenham energia elétrica, a falta de condições mínimas de habitabilidade é evidente.
Após o ocorrido, Vilma procurou auxílio na prefeitura local, onde foi orientada a solicitar ajuda através de um procedimento burocrático que envolve apresentar documentos e autorizações. No entanto, ao dirigir-se à Caixa Econômica Federal, responsável pelos programas habitacionais, encontrou-se com uma realidade desoladora: duas horas de espera apenas para ser informada de que não há assistentes sociais disponíveis na instituição.
Desamparada e sem perspectivas, Vilma se viu numa peregrinação sem fim em busca de apoio. Promessas de assistência habitacional esbarraram na realidade cruel: a falta de recursos e a ineficiência burocrática parecem obstáculos intransponíveis.
A espera por uma moradia digna, prometida em programas governamentais como o “Minha Casa, Minha Vida”, se tornou um fardo insuportável. A ausência de suporte das autoridades locais apenas agrava a angústia dessa família que agora se encontra praticamente desabrigada.
Enquanto isso, Vilma e seu filho enfrentam a incerteza do amanhã, em meio a uma batalha diária por sobrevivência. A tragédia do incêndio não apenas tirou-lhes o pouco que tinham, mas também expôs as falhas de um sistema que deveria amparar os mais vulneráveis.
De acordo com sua filha, Vitória da Silva Souza, a prefeitura ajudou com uma cesta básica e disse que mandaria um caminhão para retirar os entulhos do imóvel, porém os vizinhos tiveram que ajudar a pagar o carreto.
“Acho um absurdo tudo isso. Disseram que ajudariam, mas tivemos que pagar. Fizemos uma vaquinha, pois precisamos de ajuda. Minha mãe está numa casa que estava praticamente abandonada há muitos anos, que a minha avó morava antes de falecer e é no mesmo quintal da que pegou fogo. Ela vai ficar lá por enquanto porque não tem como ficar na casa dos outros até a gente ver o que vai conseguir fazer. O problema da casa é que ela está cheia de rachaduras, o chão cedendo, molha tudo dentro, as telhas saem do lugar. Quem puder nos ajudar com a vaquinha agradecemos. Toda ajuda é bem-vinda”, diz.
As doações em dinheiro podem ser feitas pelo pix (18) 988001437 – Vilma Sueli Souza. Alimentos, roupas, calçados ou demais doações podem ser feitas em seu endereço que fica na Rua Pedro Álvares Cabral, número 365, na Vila Maria Isabel.
Fonte: Abordagem Notícias
Fonte: Fotos cedidas por Vitória da Silva Souza