Incêndios no centro-oeste paulista atingem situação crítica

Um incêndio de grandes proporções continua consumindo uma área de preservação permanente e vegetação natural em Pompeia (SP). Fogo teve início na tarde desta segunda-feira (02/09).

Segundo a Defesa Civil, um novo foco de incêndio na cidade teve início na noite de quarta-feira (04/09) próximo à Fatec Shunji Nishimura, o que levou à suspensão das aulas na unidade.

Segundo a Diretora da Fatec, Marisa Faulin, as aulas seguirão na modalidade online até a próxima segunda-feira (09/09). Ela ainda explicou que a suspensão é por conta da forte fumaça que cobre o local e que o risco das chamas atingirem o prédio são quase nulas.

Chamas atingiram unidade de preservação em Pompeia — Foto: Sarah Bonini/TV TEM

O secretário de comunicação de Pompeia explicou à TV TEM que a Secretaria de Educação segue em alerta e avaliará as condições meteorológicas para possível suspensão das aulas em outros colégios municipais e estaduais da cidade.

“A Secretaria de Educação já está em alerta e acompanhando as escolas para definir uma possível medida quanto às aulas”, disse.

O chefe da pasta ainda reforça que as unidades de saúde continuarão abertas e preparadas para atender à população com possíveis complicações respiratórias.

Chamas atingiram unidade de preservação em Pompeia — Foto: Sarah Bonini/TV TEM

Segundo a Polícia Militar Ambiental, os focos começaram na terceira semana de agosto e atingiram um pico no dia 22 do mês.

Os focos ,que pareciam estar sob controle após chuvas no final de semana de 24 e 25 de agosto, voltaram a se espalhar. A estimativa é de que a soma das ocorrências já devastou cerca de 500 hectares, e que o início tenha sido provocado por ação criminosa.

Equipes do Corpo de Bombeiros, brigadistas, empresas, a Prefeitura e o helicóptero Águia da Polícia Militar de Bauru (SP) trabalham no controle das chamas. A prefeitura de Pompeia ainda contratou um novo helicóptero particular para ajudar no combate.

Área rural de Garça (SP) devastada por incêndio — Foto: Adolfo Lima/TV TEM

Em Garça, o incêndio está ativo desde o último fim de semana e já devastou parte da área rural do município.

Plantações, pastos e mata nativa foram atingidos, e o fogo chegou perto de algumas casas. A área queimada é de aproximadamente 1,2 mil hectares, segundo o Corpo de Bombeiros, que intensificou os esforços para evitar a propagação das chamas.

A fumaça é visível em todo o horizonte, e um drone está sendo utilizado para mapear a região e monitorar a dinâmica do incêndio com mais precisão.

Vegetação destruída por incêndio em Garça (SP) — Foto: Adolfo Lima/TV TEM

Outras ocorrências pelo centro-oeste paulista

Um incêndio teve início, no final da manhã de quinta-feira (05/09) , em uma área rural da usina de São Manuel (SP). Brigadistas da usina, junto com dois caminhões pipa, estão no local tentando controlar as chamas, com o apoio do Corpo de Bombeiros de Botucatu (SP).

Fogo em usina de São Manuel (SP) — Foto: Adriano Baracho/TV TEM

Já em Ourinhos, um incêndio atingiu uma área de vegetação próxima à Estrada do Pinho, no bairro do Pinho. A região rural, que abriga várias chácaras, foi afetada no final da tarde de quinta-feira (05/09). O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar as chamas ainda na noite da quinta-feira.

Incêndio em região de chácaras de Ourinhos (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Situação de emergência

O estado de São Paulo tem 16 cidades com focos ativos de incêndio, segundo informou a Defesa Civil na manhã desta quinta-feira (5).

Os focos estão localizados na Região Metropolitana, em Ribeirão Preto, Campinas, Bauru, Marília e no Vale do Paraíba.

Centro-oeste paulista tem dois pontos ativos de incêndio em Pompeia e Dois Córregos — Foto: Arquivo pessoal

O estado decretou situação de emergência, por 180 dias, nas áreas de 45 municípios paulistas em razão das ocorrências de incêndios florestais.

O decreto indica que os focos de incêndio “resultaram em graves danos humanos, materiais e ambientais, além de significativos prejuízos econômicos e sociais” nas cidades incluídas no documento.

Fonte: g1