“…apenas 2,13% acreditaram que o enfrentamento seria eficiente graças ao planejamento…”
Uma enquete lançada no portal de notícias JC Online logo no início da pandemia do Novo Coronavírus já recebeu opiniões de quase 400 internautas e, como previsto, as respostas indicam exatamente o quadro atual do país, considerado como de situação caótica.
Muito obviamente, quase metade dos votantes, 48,40%, escolheram a opção de que se trata de uma pandemia grave que merece muita atenção. Em segundo lugar, com 27,93% ficou a opinião de que morreria muita gente devido à falta de disciplina. Portanto, mais de 75% manifestaram bastante e justa preocupação.
Para completar o quadro de pessimismo, outros 13,56% optaram pela resposta que indica uma grande catástrofe devido à falta de recursos, elevando para quase 90% os descrentes na capacidade de reação dos nossos governos e da própria população.
Os números, bastante apropriados para julgar negativamente o desempenho de nossa infraestrutura hospitalar, das lideranças políticas e da própria população, não foram e provavelmente não serão contrariados com qualquer medida de reversão do quadro atual, que coloca o Brasil no segundo lugar do mundo em doentes e no número de mortos, muitos deles sem sequer receber o primeiro atendimento médico-hospitalar.
Entre os otimistas, em absoluta minoria diante da situação e do retrospecto do país no enfrentamento de crises, apenas 2,13% acreditaram que o enfrentamento seria eficiente graças ao planejamento, mais os 3,72% que apostaram em poucas mortes pelo cuidado das pessoas e os 4,26% que chegaram acreditar que nada aconteceria por se tratar apenas de uma histeria coletiva.
Assim, com 90% a 10%, os internautas que responderam à enquete anteciparam a situação de descalabro que vivemos e a falta de planejamento e de disciplina de governos e do povo.
Essa situação lamentável, de falta de consciência coletiva para atender as normas de segurança recomendadas, assim como a incapacidade dos governos em gerir a crise e fazer valer as regras que deveria impor, demonstram como existe desorganização, falta e comando e, principalmente, inconsciência e irresponsabilidade em nosso meio social e das lideranças.
E, assim, depois de deixar em pânico as grandes metrópoles nacionais, o vírus ataca também os menores e mais distantes rincões com menos estrutura e muito mais falta de consciência coletiva. Diante dessa ameaça, só nos resta tomar cuidado e aguardar pela divina providência.