Indígena de 13 anos é morta por jovem de 17 anos no MS

Ariane Oliveira Caonteira foi estrangulada até a morte por um jovem, de 17 anos, que confessou o crime.


A Rede Municipal de Ensino (REME) de Itaporã, a 228 km de Campo Grande, emitiu uma nota nesta segunda-feira (12), declarando luto pela morte de Ariane Oliveira Caonteira, de 13 anos. A adolescente indígena foi encontrada morta após ter desaparecido no dia 3 de setembro.

Em nota, a Escola Municipal Maria Timira dos Santos Borba lamenta a morte da aluna do 5º ano. O corpo administrativo da escola informou que os colegas e professores estão em profunda tristeza com o crime.

“Desejo que Deus conforte a todos que conviveram com Ariane e que passam por este imenso momento de dor. Em nome do Cacique Getúlio de Oliveira, avô da Ariane, estendo a todos os familiares meus sinceros e profundos sentimentos e reitero nosso luto pelo o ocorrido”, disse o prefeito da cidade, Marcos Pacco.

Crime motivado por ciúmes

Ariane ficou oito dias desparecida e o corpo foi encontrado nesse domingo (11), em meio a uma matagal. Um jovem, de 17 anos, confessou apreendido em flagrante após confessar ter estrangulado adolescente até a morte.

Segundo o delegado que investiga o caso, Dermeval Inácio, o suspeito foi localizado nas redondezas e conduzido para a delegacia com o apoio da liderança indígena. Durante o depoimento à polícia, o suspeito confessou ter matado a jovem por ciúmes e depois escondeu o corpo para que não fosse encontrado.

O delegado representou pela internação provisória do suspeito e ainda não se sabe o envolvimento do jovem com a vítima. O caso segue sendo investigado como feminicídio.

Entenda o caso

Ariane desapareceu no dia 3 de setembro, de sua casa, na aldeia Jaguapiru. Segundo a mãe da adolescente, Aldeneia Oliveira, durante a noite, a menina e o irmão estavam brincando com o celular quando ouviram alguém bater na porta. Ela saiu para ver quem era e não foi mais vista.

“Fomos dormir, horas depois o meu filho me chamou avisando do barulho e minha filha já tinha desaparecido. Passamos a noite procurando pela minha filha. No sábado procuramos o cacique, ele acionou as autoridades sobre o desaparecimento”, comentou a mãe da menina na época.

A mãe disse que a adolescente já tinha desaparecido há um ano, quando havia sido dopada e depois de vários dias foi deixada em frente de sua casa. Desde então a família vinha sofrendo ameaças.

O desaparecimento provocou desespero na família e mobilizou toda a comunidade, polícias e Conselho Tutelar na busca por Ariane.

Fonte: G1

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Cláudio Pissolito

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