Indignação pelos ônibus

A suspensão da antiga e sempre útil linha de ônibus entre Assis e Ourinhos e que atendia as cidades intermediárias como Palmital, Ibirarema, Salto Grande e Cândido Mota, é mais uma prova da falta de respeito dos governantes para com a população, principalmente a de baixa renda, que mais depende do transporte público intermunicipal.

A única promessa feita pela Artesp, – Agência Reguladora dos Transportes do Estado de São Paulo -, foi de abrir chamamento público para outra empresa, sem incluir qualquer medida saneadora no caso de não haver interessados, como de fato aconteceu.

Sem ônibus circulando regulamente entre as cidades que possuem afinidades comerciais, de trabalho e de estudos, e cujas comunidades são ligadas por laços de amizade e familiares, centenas de pessoas estão alijadas do direito constitucional ao transporte, como previsto em nossa Carta Magna.

Não obstante ao absurdo do descumprimento de uma norma básica dos direitos dos cidadãos, não se constata qualquer iniciativa no sentido de exigir a garantia do transporte intermunicipal a quem dele depende, a menos que se tenha informação, o que pode indicar falta de iniciativa de quem deve atuar neste sentido.

“…centenas de pessoas estão alijadas do direito constitucional ao transporte…”

Os quase 60 anos de manutenção da linha de ônibus que substituiu o transporte ferroviário entre as cidades oferecendo vários horários, que foram reduzidos à medida que houve mais acesso aos automóveis, criou uma dependência social e econômica da população que se locomove por meio do transporte público.

Afinal, a suspensão das linhas deixa grande número de trabalhadores sem exercer o direito que é previsto em nossa legislação e que deve ser restabelecido e mantido pelo Estado, subsidiado ou não, na exata medida da necessidade de todos os cidadãos.   

A falta de ônibus intermunicipal afeta prioritariamente os trabalhadores de baixa renda, os pequenos vendedores ambulantes, muitos estudantes e tantas outras pessoas que dependem do transporte público para se locomover, estudar, trabalhar, buscar atendimento médico ou simplesmente visitar amigos e parentes, pelo direito inalienável de ir e vir.

Diante desta situação inusitada, de suspensão de um serviço básico e essencial que sempre foi disponibilizado e bem remunerado aos prestadores, fica neste espaço registrada a indignação da direção do Jornal da Comarca pelo absurdo em relegar transporte à parcela mais necessitada da população.

CONFIRA TODO O CONTEÚDO DA VERSÃO IMPRESSA DO JORNAL DA COMARCA – Assine o JC – JORNAL DA COMARCA –     Promoção: R$ 100,00 por seis meses

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.