Três anos após o crime, que foi flagrado por câmera de segurança, a autora foi condenada a 2 anos de reclusão em regime aberto e pagamento de multa
A justiça condenou, na última segunda-feira, dia 6 de março, uma mulher que abandonou um cachorro em frente à Escola Estadual Dr. Clybas Pinto Ferraz, em Assis, em 2021. O crime foi flagrado por câmera de segurança e gerou grande repercussão nas redes sociais na época.
A pena de 2 anos de reclusão será cumprida em regime aberto, além do pagamento de multa no valor de um salário mínimo, que será encaminhado a uma entidade de proteção ao direito dos animais, e de todas as custas judiciais do caso.
O abandono de animais é crime desde 1998, de acordo com a Lei Federal 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da Lei Federal 14.064/20, a pena para maus-tratos foi aumentada para reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, quando se tratar de cão ou gato.
Relembre o caso:
Em 2021, duas mulheres protetoras de animais de Assis e um morador da rua Santos Dumont, da Vila Santa Cecília, testemunharam o momento em que um veículo vermelho estacionou em frente ao portão da Escola Estadual Dr. Clybas Pinto Ferraz e abandona um animal na calçada. A mulher chegou a ser abordada por pessoas que presenciaram a cena, mas saiu com o carro logo em seguida.
A câmera de segurança da escola flagrou o abandono e as imagens foram postadas nas redes sociais para que a mulher fosse identificada. Após a publicação do vídeo que, na época, teve mais de 6 mil visualizações, um denunciante anônimo identificou a mulher, informando o endereço, a placa do carro e até fornecendo a foto da mulher.
Com essas informações, as protetoras registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Assis e, desde então, o caso seguia na justiça sob os cuidados da 3ª Vara Criminal de Assis. De acordo com as informações obtidas pelo Portal AssisCity, as testemunhas do caso foram ouvidas na segunda-feira, dia 6, e a condenação foi registrada ainda nesta semana.
O cachorro que foi abandonado pela mulher foi adotado por uma tutora responsável e mora na cidade de Cândido Mota desde o ocorrido.
Fonte: AssisCity