Lição das enchentes

A quase destruição do Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes que já superam os estragos havidos em 1941, quando foram adotadas medidas de proteção às águas, mas não de convivência harmoniosa com o meio ambiente, pode e deve servir de lição para todas as cidades brasileiras, incluindo Palmital.

Pode parecer exagero se preocupar com enchentes em uma cidade pequena e plana, mas o sábio ditado ensina que a prevenção é sempre o melhor remédio e que a solução antecipada de problemas futuros pode se transformar em modelo de modernidade e evitar tragédias e despesas que devem ser evitadas a partir de agora.

Não obstante às obras já realizadas para escoamento de águas pluviais, baseadas em galerias e bocas-de-lobo, da topografia plana e da distância da zona urbana dos riachos, que nascem a partir da cidade construída em maior relevo, a verdade é que as enxurradas estão corroendo asfaltos, entrando em algumas residências e sendo levadas para as nascentes dos rios, causando assoreamento.

Portanto, algumas medidas simples, de mudança nas formas de combater as pequenas enchentes, que só tendem a crescer, é fazer diferente de outras cidades, investindo em infiltração das águas e não em transferência do problema.

“…obras da Câmara e da Prefeitura Municipal, que devem criar e reativar dispositivos de infiltração…”

O primeiro passo, como bom exemplo, pode ser dado nas obras da Câmara e da Prefeitura Municipal, que devem criar e reativar dispositivos de infiltração de águas pluviais, mantendo e devolvendo áreas gramadas e abrindo parte das calçadas para receber infiltração.

As mesmas medidas devem ser adotadas para novas construções e, com prazo pouco mais alongado, nas partes antigas da cidade que devem, necessariamente, plantar árvores e criar áreas obrigatórias de infiltração de água nos quintais e nas calçadas, além de medidas mais amplas pela própria administração municipal.

Transformar partes das praças públicas em piscinões subterrâneos, criar poços de infiltração nas ruas e desviar a água de desce em direção ao Horto Florestal para uma bacia de recebimento e infiltração, possivelmente no campo do PAC, cujas laterais podem ser aproveitadas como áreas de esporte e lazer, são obras absolutamente viáveis.

Afinal, a área urbana arborizada garante temperatura mais amena e, portanto, muito mais agradável, as áreas de infiltração servem à produção de água potável para abastecimento e evitam enchentes, transformando a cidade em exemplo de modernidade com medidas simples.

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Cláudio Pissolito

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