Livro do jornalista Cláudio Pissolito é referência sobre a história de Palmital

Palmital, que completa hoje (21/04) 103 anos de emancipação político-administrativa, ganhou recentemente uma obra literária que já é considerada referência para contar a sua história de desenvolvimento. O livro “Palmital Centenária – Dos Picadões à Internet – 1920-2020”, de autoria do jornalista Cláudio Pissolito, diretor-fundador do Jornal da Comarca, foi lançado em fevereiro e apresenta de maneira didática e cronológica fatos importantes que marcaram o primeiro século do município.

A obra, que tem 348 páginas impressas em papel couchê brilhante de alta qualidade, capa dura e acabamento de luxo, também traz a história de 56 famílias que contribuíram com o desenvolvimento do município. O livro está dividido em 10 capítulos com temas abordam fatos e características da política, da religião, da cultura e do folclore, assim como as comunicações e aspectos da sociedade palmitalense.

“A árdua tarefa de pesquisa, produção de texto e seleção de imagens foi facilitada graças ao enorme acervo catalogado justamente nas edições do Jornal da Comarca, que cobriu mais de ¼ do centenário ora retratado, período em que foram publicadas dezenas de edições históricas e centenas de reportagens de cada época e de resgate do passado, nas quais foram produzidas reportagens especiais com o registro documental e o testemunho de pessoas que vivenciaram cada período, e estampadas imagens mantidas junto a acervos próprio, público e de particulares”, diz trecho a apresentação.

“É a concretização de um sonho, a efetivação de um projeto e a realização de um desejo pessoal de oferecer alguma contribuição ao conhecimento e à cultura da minha muito amada cidade”, destacou o jornalista. O livro pode ser adquirido diretamente na recepção do Jornal da Comarca, que funciona de segunda a sexta-feira nos períodos das 8 às 11h30 e das 13 às 17h30. Informações podem ser obtidas pelos telefones (18) 99645-0514 e (18) 335-1594. Também há a disponibilidade de compra na Banca do Velho (em frente ao Oriente Palace Hotel) papelaria do Alcindo Roder (rua Vereador Clóvis de Camargo Bueno) e no Mercado Livre. CLIQUE AQUI A ACESSO O LINK

DESENVOLVIMENTO BASEADO NO AGRONEGÓCIO

A história de Palmital se confunde com desbravamento do sertão do Paranapanema, iniciado pelos mineiros em meados do século XIX, visando o povoamento de uma região praticamente inexplorada do Estado de São Paulo, em movimento denominado pelos historiadores como “Frente Pioneira”.

Incentivados por políticas de povoamento do desenvolvidas pelo governo estadual, os desbravadores enfrentaram os povos indígenas e passaram a promover o aldeamento no Vale do Paranapanema. Na década de 1880, teve início o processo de partilha, medição e divisão de terras criando os imóveis denominados “fazendas”.

Partindo de Botucatu e abrindo picadas nas matas entre os rios Paranapanema e do Peixe, José Theodoro de Souza foi um dos desbravadores e conseguiu a posse de aproximadamente 760 mil alqueires, incluindo as fazendas Palmital, onde hoje está o município, e Pau D’Alho (Ibirarema). O registro da área foi feito em 30 de maio de 1856 na vigararia de Botucatu.

A partir de 1886, as terras de José Theodoro foram tomadas por posseiros que demarcavam lotes e iniciavam a plantação do café após a derrubada das matas. O primeiro a se instalar na região foi João Batista de Oliveira Aranha, que tomou posse de área a 4 quilômetros de onde hoje é a cidade. Outras famílias também chegaram para trabalhar nas terras loteadas por Francisco Severino da Costa, dando início à formação do povoado de Palmital.

Entre 1909 e 1911, os posseiros passaram a receber títulos de propriedades do governo e parte das terras sem registro foi vendida por meio de concorrência pública, sem considerar a posse registrada por José Theodoro 50 anos antes. A venda da Fazenda Palmital causou a um dos processos de litígio mais longos da história da justiça paulista. O acaso, que tem indenização milionária, ainda tramita no Judiciário. 

Em 1913, os trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana alcançaram o povoado e possibilitaram a expansão do agronegócio. Como importante entreposto comercial, Palmital foi elevado a município autônomo em 21 de abril de 1920. O café foi a base da economia até a década de 1950, quando passaram a se desenvolver outra culturas como mamona, milho, arroz, cana-de-açúcar e feijão. Paralelamente, foram instalados alambiques e indústrias de mandioca.

A partir da década de 1970, quando uma forte geada dizimou os cafezais, ocorreu o início do processo de mecanização da agricultura para o plantio de grãos, como o trigo, gerando outras fontes de riqueza e desenvolvimento no meio urbano. Atualmente, as principais culturas são a soja (verão), milho safrinha (inverno) e cana-de-açúcar. Nos últimos anos, houve grande expansão da agroindústria em Palmital.

Uma empresa importante é a Tereos, que faz a produção de amidos de milho e mandioca. Houve ainda o crescimento das atividades da Destilaria Tirolli. Ambas as empresas são contratantes de alto contingente de mão-de-obra. Palmital registrou ainda o fortalecimento do setor de armazenamento de grãos, com grandes instalações mantidas pela Coopermota, da Coocamar, da Belagrícola e da Ouro Safra.

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