O advento da internet, a partir de pesquisas feitas pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, em 1969, só chegou ao Brasil de forma incipiente por volta de 1994, e a Palmital em 2001, por iniciativa deste editorialista que fundou o primeiro provedor local, denominado Webtal Telecom.
A conquista foi importante para o mundo e também para cada cidade inserida na globalização digital por meio da tecnologia mais moderna representada pela formação da rede mundial de computadores, que conectou no mesmo sistema todos os países e continentes e, consequentemente, cada morador do Planeta.
O primeiro site interativo da história de Palmital foi o do Webtal, que além de repercutir as notícias veiculadas pelo impresso JORNAL DA COMARCA, criou um Mural de Recados, que possibilitava a comunicação de internautas conectados à rede, muito antes da existência de redes sociais e de aplicativos de mensagens.
Entretanto, e já indicando qual seria o futuro da comunicação digital, o Mural de Recados foi dominado por um grupo de pessoas anônimas que utilizavam o sistema como arma política, para atacar desafetos e ofender adversários, na maioria dos casos com difamações e calúnias do mais baixo nível moral.
“…tecnologia ainda serve de reduto para aqueles que se escondem no anonimato…”
O mal uso do Mural de Recados do Webtal, disponibilizado gratuitamente à população, foi causador da decisão de suspender o serviço no início das campanhas eleitorais de 2004, quando em abril daquele ano foram iniciadas as publicações ofensivas, absolutamente desrespeitosas e até mesmo impróprias para exposição pública.
No tempo em que era difícil a identificação dos usuários da internet, que possuía número reduzido de IPs, poucos difamadores irresponsáveis foram punidos, exigindo a criação de mecanismos de controle e filtragem de postagens, que impediam a publicação de determinados termos e palavras.
Passados quase 30 anos da existência e disponibilidade da Internet no Brasil, cuja rede está cada vez mais abrangente, o serviço de elevada tecnologia ainda serve de reduto para aqueles que se escondem no anonimato para aplicar golpes, injuriar pessoas, cometer crimes e emporcalhar a imagem de uma das maiores conquistas tecnológicas da humanidade.
Os produtores de lixo digital, seres invisíveis e risíveis que utilizam as redes sociais como armas sujas para revelar suas más índoles e personalidades defeituosas, são provas da existência da banda podre da humanidade.
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