Lula, Bolsonaro e a desintegração social

Há alguns meses Palmital soube da morte de um trabalhador que tentou defender uma comerciante que sofria assalto à noite em seu estabelecimento; na véspera do Natal a cidade assistiu a um show público de vandalismo motorizado; recentemente uma loja foi arrombada por um automóvel dirigido por ladrões que a saquearam; na última quinta-feira dois comerciantes, pai e filho, quase mataram na rua um dependente químico por espancamento.

Os quatro exemplos, que estão na memória de curto prazo da maioria da população, são provas inequívocas de que vivemos um momento difícil no quesito segurança pública.

Em um país conflagrado pela política polarizada entre dois grupos que defendem posições extremadas para a solução de problemas que demandam união e planejamento, são praticamente todas as cidades, grandes, médias e pequenas, que assistem à desintegração social causada pela criminalidade e o consumo de drogas.

Falta de segurança nas ruas, nos comércios, nas residências e até em igrejas e escolas são sintomas da situação de descalabro institucional, quando os órgãos públicos não mais respondem ao clamor popular e passam a se abster de suas obrigações ou a omitir de suas responsabilidades.

“Falta de segurança nas ruas, nos comércios, nas residências e até em igrejas e escolas são sintomas da situação de descalabro…”

Judiciário ausente, com juízes e promotores de passagem, que sequer conhecem as comunidades onde atuam; Polícia Civil defasada de material humano e equipamentos, com muitos prédios e poucos agentes; Polícia Militar com muitos veículos e armas e poucos soldados, são alguns dos exemplos explícitos à sociedade.

A baixa produção dos principais órgãos de controle social, que incluem os serviços de assistência social, de atendimento a menores, de fiscalização à defesa do consumidor e até às regras sanitárias e urbanísticas, faz com que as pessoas tentem tomar as rédeas da situação, cada qual a sua maneira.

E assim, em um país onde as normas básicas de convivência social civilizada não são cumpridas e muito menos punidas, fica a sensação de abandono coletivo que leva o indivíduo a tomar para si a obrigação do Estado, seja portando armas ou tentando agredir criminosos.

Enquanto isso, a mesma sociedade vitimada pela omissão coletiva das instituições, aparece cooptada pelo antagonismo que alimenta os grupos políticos dos líderes Lula da Silva, já preso por corrupção, e Jair Bolsonaro, com um pé na cadeia por desvio de joias do governo e tentativa de golpe de Estado.

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Cláudio Pissolito

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