A mãe da bebê de nove meses que morreu, na frente dela e do pai, minutos após receber uma injeção em um hospital de Guarujá, no litoral de São Paulo, afirma que, três meses após o ocorrido, ainda não recebeu o laudo que aponta a causa da morte de sua filha. A Secretaria de Segurança Pública afirma que o tempo para a expedição dos exames depende de sua complexidade.
A autônoma Natália Souza de Oliveira, de 35 anos, relata que ainda passa por acompanhamento psicológico após o ocorrido. De acordo com ela, o laudo não foi emitido e nenhuma satisfação foi dada para sua família mesmo eles insistindo diariamente ao longo dos 90 dias após a morte de Alícia.
Depois do ocorrido, no dia 29 de setembro, a mãe afirma que autorizou a necrópsia pedindo o laudo do Instituto Médico Legal (IML). “Foi nos passado que demoraria de 30 a 60 dias, só que após esse período eu ligava lá direto e nunca estava pronto o resultado, e isso se estendeu até agora. Cada hora me falavam uma coisa. Foi um erro médico, minha filha não tinha nada que ocasionasse sua morte, a própria médica me disse depois que saíram os resultados do exame para ver se ela tinha alguma bactéria”, diz.
A morte da criança, segundo a mãe, foi registrada como morte suspeita e a família acredita em negligência médica. “De lá pra cá não vivemos mais. Estou muito mal. Tenho uma lista de remédios psiquiátricos que tomo. Sinto apenas vontade de me dopar. Assim foi o meu fim de ano. Tenho crise de ansiedade e de pânico. Isso acabou com a minha vida”, conta.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que o caso segue sendo investigado pelo 1º DP do Guarujá por meio de inquérito policial. Os laudos periciais estão em fase final de elaboração e serão analisados pela autoridade policial tão logo sejam concluídos. O tempo para a expedição dos exames, segundo a SSP, depende de sua complexidade.
“Logo após a medicação aplicada pela enfermeira ela passou mal e ficou roxa. Ela não conseguia respirar e foi aquela correria, tentaram fazer os procedimentos, mas já era tarde. Ela começou a sangrar muito e não resistiu. Eu quero a resposta de que medicação foi essa que entrou no organismo dela e a levou a óbito. Preciso desse laudo. Enquanto isso eu não conseguirei seguir em frente”, finaliza a mãe.