‘Mainha do crime’ já foi condenada por manter ‘bunker’ com aluguel de armas e compra de produtos roubados

Presa na terça-feira (18/02), Suedna Barbosa Carneiro, conhecida como “mainha do crime”, já foi condenada em 2022 por receptação e comercialização ilegal de armas.

Na época, a mulher mantinha um bunker em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, onde alugava armas para criminosos e comprava produtos roubados para revendê-los. 

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a “mainha do crime”, de 41 anos, comanda os criminosos que mataram o ciclista Vitor Medrado durante um assalto na frente do Parque do Povo na quinta (13/02).

A prisão de Suedna aconteceu em Paraisópolis. Na casa dela, foram apreendidos documentos e armas, que serão analisados pelos investigadores para tentar identificar os crimes cometidos por ela e se há alguma ligação com o assalto ao ciclista.

Derrite afirmou que a “mainha do crime” facilitava ações criminosas em São Paulo, financiando os ladrões no Itaim Bibi e em outros pontos da cidade.

Objetos apreendidos na casa da "mainha do crime" — Foto: Reprodução

Objetos apreendidos na casa da “mainha do crime” — Foto: Reprodução

Condenada em 2022

Natural da Paraíba, Suedna foi presa pela primeira vez em 18 de março de 2022 também na comunidade de Paraisópolis pela Polícia Civil, após meses de investigação.

Segundo a denúncia do Ministério Público, obtida pelo g1, a “mainha do crime” transformou sua residência em um ponto de receptação de produtos provenientes do crime, além de armazenamento de armas, munições e acessórios.

“Tais armas, munições e acessórios eram usados em um esquema empresarial, comercial, clandestino, no qual Suedna as entregava aos delinquentes, em uma espécie de ‘locação’, recebendo, em troca, a exclusividade na aquisição dos produtos dos crimes, os quais ela destinava ao comércio irregular”, a denúncia.

A compra dos objetos roubados, que iam de celulares até joias, era efetuada com dinheiro em espécie.

Na denúncia, um dos “clientes” de Suedna relatou que um celular avaliado em R$ 15 mil como um iPhone 13 era comprado por ela por cerca de R$ 3 mil.

“Mainha sempre tinha muito dinheiro em casa, pois a quantidade de pessoas que a procuravam para vender pertences era muito grande”, contou o investigado.

Outro denunciado pelo MP, preso por participar do esquema, também disse que a mulher não cobrava nenhum valor pelo empréstimo com a condição de que os assaltantes levassem os objetos para ela comprar.

No dia da prisão, foram encontrados na casa de Suedna: um revólver de calibre 32, uma réplica de arma, 15 celulares roubados, diversos obtidos de origem não comprovada (provavelmente produto de roubo) como bolsas, relógios e óculos, além de R$ 7.280.

Em depoimento, a “mainha do crime” alegou que não desconhecia a origem dos objetos apreendidos e “tampouco sabe informar como foram parar lá”. Também afirmou que é proprietário de bar e que o dinheiro localizado seria referente ao movimento do estabelecimento.

Em junho de 2022, ela foi condenada a 10 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 22 dias-multa.

A defesa de Suedna Barbosa Carneiro não foi localizada até a última atualização da reportagem.

Fonte:G1

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