A ex-prefeita Marilena Tronco morreu no início da manhã desta segunda-feira (06/05) aos 80 anos. Figura importante na sociedade, na religião e na política de Palmital, Marilena fazia parte de uma família tradicional da agricultura do município e estava em sua residência no bairro Paraná, onde sofreu um mal súbito por volta das 6 horas. As causas do óbito não foram divulgadas.
Nascida de uma família com 10 filhos que vivia na Água da Aldeia, Marilena administrou um alambique e depois a atividade rural junto com o pai Lídio Tronco, pioneiro no sistema do plantio direto na região. Com ativa participação na comunidade católica, foi pioneira nos treinamentos de lideranças cristãs na Diocese de Assis, além de atuar na formação de grupos de jovens Escalada e Paju. Ministra da Eucaristia, foi atuante nas paróquias de São Sebastião e Santo Antônio, onde fez parte da comissão de construção da igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Marilena teve dedicação ao voluntariado e às causas humanitárias. Liderou a Pastoral da Criança em Palmital, que cuidava da saúde e da nutrição de bebês e crianças. Em 1984, assumiu a presidência do Clube Feminino para Proteção à Infância de Palmital, que fundou a Creche São Sebastião, a primeira do gênero no município. Por meio da entidade que dirigia e que realizava a tradicional Feira da Bondade, um um grande número de crianças de famílias de baixa renda foram atendidas,
Marilena Tronco foi a primeira mulher eleita prefeita de Palmital e da região do Vale do Paranapanema, em 1992, com a maior porcentagem de votos válidos da história, com a marca de 7.436 votos, equivalentes a 63,9% da votação nominal. Ela assumiu meio às tratativas para a construção das duas usinas hidrelétricas do Complexo Canoas, no Rio Paranapanema, e promoveu uma administração de muitas realizações devido à excelente relação política que já mantinha com o governo estadual. Entre as muitas iniciativas educacionais e sociais, criou uma Escola Profissionalizante com atividades de marcenaria para garotos de 11 a 14 anos.
Recuperação de prédios públicos e da frota de veículos e máquinas foram as primeiras iniciativas, seguidas de uma reforma administrativa que criou uma nova estrutura no organograma da Prefeitura com diretorias, chefias e cargos técnicos de assessoria, com amplo apoio do Legislativo. Na gestão de Marilena também foi iniciado o primeiro conjunto habitacional de casas populares de Palmital, o Miguel Huertas, com 202 moradias, seguida de um conjunto habitacional de 65 casas em sistema de mutirão e a construção da creche Tutti Mama no bairro São José.
Em negociação com a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), responsável pela da usina de Canoas, Marilena conseguiu a construção do prédio da escola estadual Oswaldo Moreira da Silva, da Maternidade da Santa Casa e do prédio do Estratégia Saúde da Família (ESF) II e III no São José, além da reforma do Centro de Saúde Nelson da Cunha Bastos. Ela reivindicou e conseguiu a construção da ponte sobre o Paranapanema. Outra obra importante de sua administração foi implantação da Cozinha Piloto.
Marilena era solteira e deixou os irmãos Marineide, Marilice, Maristela, Marina, Claudio, Emílio (Didi) e Maurício (Mario e Marilaide in memoriam), além de cunhados e sobrinhos. Seu velório ocorre na Funerária Santa Terezinha e às 16 horas desta segunda-feira (06/05) será celebrada missa de corpo presente na Matriz de Santo Antônio, no bairro Paraná, de onde parte o cortejo para o sepultamento no Cemitério Municipal de Palmital.
O prefeito Luis Gustavo Mendes Moraes decretou Luto Oficial em Palmital e emitiu nota de pesar na manhã de segunda-feira. Confira: “Nota de Pesar
É com pesar que recebemos a notícia do falecimento da ex-prefeita Marilena Tronco, a primeira mulher eleita prefeita em nossa cidade entre 1993 e 1996. Seu papel histórico como líder pioneira deixou uma marca permanente em nossa comunidade.
Neste momento de profunda tristeza, desejamos expressar nossos mais sinceros sentimentos à família e amigos. Que encontrem conforto e forças para enfrentar esse momento de luto.”