“…cidades que se anteciparem às mudanças que se fazem necessárias poderão registrar ganhos…”
Números recentes informados pelo IBGE e pelo Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil confirmam a percepção da sociedade quanto às mudanças no perfil da população, com menos crianças e mais idosos e, consequentemente, mais mortes do que nascimentos.
A realidade presente em regiões mais antigas do mundo, como nos continentes asiático e europeu, está chegando aos países latino-americanos, que também assistem ao envelhecimento de seus povos e a necessidade de mudanças nas políticas públicas de educação, segurança, lazer e, principalmente, de saúde e previdência.
No Brasil, já se constata a sensível redução no crescimento demográfico, em fenômeno que contrariou as projeções do próprio IBGE, obrigado a reduzir as populações de inúmeras cidades depois do Censo de 2022, que não confirmou a expectativa de aumento com base no Censo anterior, de 2010.
A nova realidade, de crescimento menor da população e, muito provavelmente, de inicio de redução em curto prazo, deve causar mudanças nas políticas públicas de habitação, assistência social e saúde, e também no planejamento das cidades, sob pena de enfrentamento de situações críticas em futuro próximo.
Mas, considerando que o planejamento com base em dados e estatísticas não é uma prática comum nas administrações federal, estaduais e, muito menos, nas municipais, as cidades que se anteciparem às mudanças que se fazem necessárias poderão registrar ganhos de qualidade de vida e de desenvolvimento socioeconômico.
Os pequenos municípios, muito mais adequados a abrigar as populações envelhecidas, poderão se tornar redutos de aposentados de renda elevada ao oferecer as condições necessárias de adaptação urbana, segurança, moradia, comércio e lazer, com boa oferta especializada nas áreas da saúde e de reabilitação.
O planejamento correto, de aproveitar as seguidas oportunidades que surgem, consiste em entender o contexto presente e antecipar o futuro, se preparar para as novas situações e, principalmente, oferecer as melhores condições para atender às novas necessidades.
Qualidade ambiental, menos poluição, produção de água de excelência, sistema viário simples e eficiente, oferta de moradias bem adaptadas, boa rede de saúde, segurança e lazer sadio em espaços públicos são essenciais para manter e atrair a população idosa que cresce e, aos poucos, substitui a maioria de crianças e jovens em declínio.
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