A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra Nelson Eufrosino, morador de Ourinhos (SP), na terça-feira (18/04). A atividade fez parte da 10ª fase da Operação Lesa Pátria. Ele foi levado para a delegacia da corporação em Marília (SP).
Nelson foi gravado destruindo uma das vidraças do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro deste ano, e seu nome já constava em lista da Advocacia Geral da União (AGU) para ressarcimento dos danos estimados em R$ 20,7 milhões. Ele foi alvo de pedido de bloqueio de bens.
No dia 8 de janeiro, o Congresso Nacional e o STF foram invadidos por bolsonaristas radicais que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.
A operação, em sua 10ª fase, tem o objetivo de identificar pessoas envolvidas nos atos golpistas registrados na capital federal.
Ao todo estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.
LESA PÁTRIA
Segundo a PF, em relação à Operação Lesa Pátria, “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
A Operação Lesa Pátria, de acordo com a corporação, “segue em curso, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.
Quem tiver informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília entrar em contato por meio do e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.
OUTROS CASOS
Ainda no centro-oeste paulista, e em relação aos atos de 8 de janeiro na capital federal, a moradora de Bauru (SP) Fátima Pleti está entre as 100 pessoas sob julgamento do STF, nesta terça-feira, que vai decidir se eles se tornarão réus ou não.
O relator do processo, fruto de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), é o ministro Alexandre de Moraes. Os membros da Suprema Corte têm até o dia 24 de abril para registrarem seu voto no plenário virtual.
Fátima Aparecida Pletti tem 61 anos e, nas redes sociais, há uma publicação em que ela organiza o ônibus que saiu da cidade para Brasília. Fátima também escreveu que estava em busca de verba para que a hospedagem próxima às sedes dos Poderes fosse gratuita.
Fonte: g1