Homem de 38 anos com quem Nilcéia Ferreira mantinha um relacionamento havia algum tempo foi preso pelo crime em Itatinga (SP). Ele chegou a publicar nas redes sociais da vítima se passando por ela para enganar os familiares no período em que ela esteve desaparecida.
A garçonete Nilcéia Ferreira, de 39 anos, que foi morta pelo namorado com golpes de canivete no pescoço no Dia das Mães, em Itatinga (SP), deixou três filhos, dois deles adolescentes, de acordo com a irmã da vítima.
Ludemira Ferreira contou ao G1 que, desde o desaparecimento de Nilcéia, o filho dela de 21 anos e as duas meninas, de 15 e 12 anos, passaram a morar com o pai, de quem a vítima era separada, em Botucatu. A garçonete também faz parte de uma família muito unida com 15 irmãos.
“Era a alegria da casa, ela tinha um coração enorme. A gente fica muito sentida com tudo isso porque não queria que encontrassem ela dessa forma. A gente não aceita, não adianta”, completa Ludemira.
A vítima estava desaparecida desde o dia 9 de maio, Dia das Mães, mas a família só registrou boletim de ocorrência por desaparecimento no último dia 17, pois achou que ela pudesse estar viajando ou isolada por suposto caso de Covid.
Neste período, Sílvio Adão, o homem de 38 anos com quem a vítima estava se relacionando, e que está preso pelo crime, se passou pela garçonete nas redes sociais para “justificar” o sumiço dela para a família, de acordo com a Polícia Civil.
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Uma postagem foi feita no dia 11 de maio no perfil de uma rede social da Nilcéia dizendo que estava com Covid, mas, segundo a polícia, a mulher foi morta dois dias antes. Nos comentários da publicação, amigos desejaram melhoras à vítima e o próprio Sílvio chegou a deixar uma mensagem.
“Bom dia a todos. Estou com Covid. Que o senhor nos abençoe, se Deus quiser vai dar tudo certo”, postou o suspeito como se fosse a vítima. “Vamos vencer juntos, amor”, comentou Sílvio na publicação.
“A gente achou que fosse mentira e começamos a desconfiar a partir do momento em que ela postou nas redes sociais que estava com Covid. Ela não iria viajar mesmo estando com Covid”, conta a irmã Ludemira Ferreira.
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De acordo com Ludemira, antes de cometer o crime, o suspeito havia dito para Nilcéia que a levaria para o Paraná, onde os dois buscariam um dinheiro deixado de herança pelos pais dele. “Inclusive eu tenho um áudio dela me avisando que ia viajar, mas era tudo mentira dele”, conta a irmã.
Após investigação, a garçonete foi encontrada morta na quinta-feira (20) em uma fazenda de Itatinga, depois que Silvio Adão confessou o feminicídio e indicou à polícia o local onde o corpo estava. O casal foi até a fazenda com um motorista de aplicativo.
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Fonte: G1