As chamadas minorias sociais, identificadas nas parcelas da população marginalizadas do processo de socialização, são formadas por grande número de pessoas que representam classes econômicas, de orientação sexual, de origem étnica ou de portadores de necessidades especiais, que sofrem as consequências da manutenção do padrão considerado “normal”.
Afinal, a norma comportamental, social e racial comum é aquela que se encaixa nas regras tacitamente estabelecidas e cumpridas para manutenção da hegemonia das classes dominantes que, em uso do poder político, econômico ou religioso, ditam as regras da convivência e do padrão social.
É justamente em nome da padronização da sociedade que são cometidos os grandes absurdos como a escravidão, o preconceito racial e social e a discriminação e a intolerância aos homossexuais e aos seguidores de religiões de matriz africana e de origem oriental.
E, mesmo com a universalização da comunicação, que traz muito mais informação, a cultura do preconceito e da diferenciação ainda predomina como base da estrutura social ocidental.
“…mulheres sofrem as consequências maléficas do modelo paternalista e machista, muitas vezes misógino…”
Entre os grupos das vítimas do preconceito, que atinge muito mais as minorias, constata-se a discriminação de gênero, a mais grave e injusta ao relegar a segundo plano as mulheres que, historicamente, são maioria entre os humanos e responsáveis pela manutenção da espécie pela maternidade.
Como única maioria discriminada socialmente, as mulheres sofrem as consequências maléficas do modelo paternalista e machista, muitas vezes misógino, travando uma batalha continuada pelos espaços de convivência e de poder.
Em contraponto, a mulher sábia exerce poder pelos dons da sensibilidade, delicadeza, intuição, gentileza e senso de justiça no enfrentamento às dificuldades, superando de forma inteligente a discriminação enraizada na sociedade que mantém o homem como líder, provedor e chefe, mesmo dividindo responsabilidades com esposas, mães e irmãs.
Assumindo cada vez mais o protagonismo no trabalho, na ciência, na educação, na política e na religião, a mulher ainda cumpre jornadas injustas com responsabilidades pela educação dos filhos, organização da casa e dividindo contas com homens que não reconhecem seus valores, as tratam como cidadãs de segunda categoria e desejam subjuga-las pela força ou pelo poder econômico, que obriga o sistema a criar e manter o Dia Internacional da Mulher.
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