A Polícia Militar Ambiental e o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público de São Paulo, com o apoio da CTG Brasil, deram continuidade nesta quarta-feira (08/06) ao trabalho de combate à ocupação ilegal das margens do rio Paranapanema na Água do Cascalho, em Palmital. A operação é baseada na demolição de ranchos na Área de Preservação Permanente (APP) no trecho abaixo da hidrelétrica de Canoas II, nas proximidades do Clube Beira-Rio.
A nova etapa da “Operação Canoas II” visa acabar com a ocupação irregular da área dos antigos ranchos do Paranapanema, que foram desapropriados para a recuperação da mata ciliar durante o processo de instalação da hidrelétrica nos anos de 1990. Nas três primeiras fases do trabalho, que vem sendo realizado desde março, a força-tarefa havia demolido 30 ranchos irregulares, incluindo edificações e estaleiros sobre o espelho d’água do rio Paranapanema.

Operários estão demolindo outras construções ilegais que impedem a recuperação da APP na Água do Cascalho, que havia sido transformada em local de lazer nos últimos anos. Os trabalhos são realizados por uma equipe mobilizada pela CTG Brasil, com apoio da Polícia Ambiental e do Ministério Público. As ações devem durar até sexta-feira (10/06) e os resíduos coletados, principalmente madeira e alvenaria, estão tendo a destinação correta para evitar a contaminação da área de mata ciliar.
De acordo com informações de policiais que acompanhavam os trabalhos na tarde desta quarta-feira (08/06), a etapa atual está removendo 11 ranchos cuja propriedade não foi indicada depois da notificação de 30 dias para a retirada das estruturas. Outros locais, que tiveram os responsáveis identificados e multados, deverão aguardar uma definição da situação por via judicial.
“Além dos ganhos ambientais em relação à desmobilização promovida por esta ação, é essencial que a população se conscientize e evite novas construções às margens dos rios, bem como voluntariamente execute a remoção dessas estruturas. Por estarem em Área de Preservação Permanente e em situação irregular, essas construções fomentam a pesca predatória e a caça, bem como impedem a regeneração da mata ciliar”, explica Ivan Toyama, gerente fundiário da CTG Brasil.
Com informações da Assessoria de Imprensa da CTG Brasil