Novos prefeitos

Ainda que as últimas eleições municipais tenham sido recordistas na reeleição de prefeitos, com 44% deles conquistando o segundo mandato, e com porcentual ainda maior em nossa região, na qual a grande maioria foi reeleita, o que se constata é uma significativa renovação nos quadros.

Os prefeitos reeleitos de Palmital, Ibirarema, Campos Novos Paulista, Salto Grande e Cândido Mota, por exemplo, são todos de primeiro mandato, a maioria deles bastante jovens e muito bem avaliados em suas gestões, provável motivo pelo qual a população apostou na manutenção dos novatos.

O salutar fenômeno verificado em pequenas e médias cidades, da entrada de jovens na atividade política, é uma forma de arejar um setor muito contaminado pelas antigas práticas coronelistas do passado, quando havia lideranças que se consideravam donos dos votos da população.

Ainda que alguns jovens se lancem na política amparados em lideranças desgastadas e se utilizem de métodos antiquados, de tentar induzir o eleitor a votar na eleição municipal com o sentimento voltado para a política nacional, a grande maioria ignora a polarização e, mostrando serviço e capacidade gerencial, superam as barreiras do atraso.

“…reeleitos de Palmital, Ibirarema, Campos Novos Paulista, Salto Grande e Cândido Mota, por exemplo, são todos de primeiro mandato…”

Na esteira da renovação política verificada nos municípios, onde aparecem as melhores surpresas de jovens idealistas e realizadores, como é o caso da prefeita reeleita de Bauru, a jornalista Suéllen Rosim, de apenas 36 anos, espera-se também que haja mudanças na política nacional.

As eleições municipais nas capitais mostram alguns bons nomes que despontam, como Tabata Amaral, em São Paulo, de 31 anos, e seu namorado, o prefeito João Campos, reeleito em Recife com apenas 30 anos, em contraponto ao jovem Pablo Marçal, que se apresentou com o péssimo cartão de visitas da agressividade e do desrespeito.

Analisando a maior participação de jovens na política nacional, também é preciso discernimento para identificar a diferença entre a idade e as formas de pensar e de agir dos novatos pois, muitos deles, de pouca idade, surgem defendendo as velhas práticas que mantiveram o país e a política nacional entre os mais corruptos e as mais atrasadas.

A partir desta observação, que deve levar em conta não apenas a idade e o vigor do candidato, mas também sua índole e suas capacidades gerenciais e administrativas, é possível renovar a política com muito mais qualidade a partir dos novos prefeitos.

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Cláudio Pissolito

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