O caos climático mata

“…retomar o antigo e sábio conceito de respeito à natureza para garantia da sobrevivência…”

As mais que comprovadas alterações extremas do clima, causadoras de eventos meteorológicos cada vez mais intensos e frequentes que alternam seguidas ondas de calor com tempestades severas, secas prolongadas, inundações recorrentes e incêndios florestais dizimadores, parecem não despertar a consciência coletiva e muito menos as autoridades sobre a emergência climática.

O também comprovado acúmulo de gases de efeito estufa, principal causador dos eventos que trazem danos materiais e ambientais à saúde humana e à produção de alimentos, ainda é motivo de descaso para significativa parte da população.

E, mesmo diante das provas materiais substanciais e inequívocas que a natureza oferece com as absurdas oscilações que mostram o descompasso climático que desafia até mesmo a manutenção da vida no planeta, as medidas adotadas são sempre muito simplistas, mais de mitigação do que de mudança de hábitos e paradigmas.

Dependente de soluções científicas e tecnológicas para as questões da saúde e da vida, as pessoas se negam a fazer mudanças e muito menos retomar o antigo e sábio conceito de respeito à natureza para garantia da sobrevivência harmoniosa.

Em vez de voltar a produzir água nas nascentes soterradas para ampliar o plantio, o agricultor prefere retirar as águas escassas dos rios para fazer irrigação. Em vez de economizar a água fornecida pelo sistema público, o consumidor urbano prefere lavar calçadas e comprar o produto engarrafado, sem sequer conhecer a procedência.

Em vez de incentivar e viabilizar a produção de água potável pelo reaproveitamento natural feito pela infiltração das águas pluviais nos lençóis freáticos, as empresas públicas e privadas exploradoras do líquido sagrado preferem busca-lo nas distantes profundezas do subsolo.

Sem o entendimento e a consciência da situação de desequilíbrio ambiental a que estamos submetidos e sem a cultura da preservação da natureza para manutenção das atividades humanas, as sociedades se desenvolvem dependentes de soluções artificiais para resolver problemas naturais.

Enquanto a ciência estuda as doenças e cria novos medicamentos para prolongar a vida, estamos ingerindo água contaminada e comida envenenada, respirando poeira e microplásticos, consumindo frutas e legumes cobertos de agrotóxicos e substâncias químicas para conservação de alimentos que contém corantes e conservantes que atentam contra a vida.

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Cláudio Pissolito

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