O crime institucionalizado

O Brasil já foi terra desconhecida da chamada civilização presente na Europa, no Oriente e na África, se tornou Colônia de Portugal, passou a Reinado e finalmente uma República Federativa que convive com períodos democráticos e ditatoriais, mas sempre refém do crime, da criminalidade e dos criminosos.

Desde a dita Descoberta, quando a Terra de Santa Cruz foi denominada Brasil, se transformou em destino de criminosos, prostitutas e depois de africanos escravizados, enquanto as riquezas naturais e minerais eram subtraídas pelos colonizadores e também pelos contrabandistas de madeira, ouro e diamante.

De extensão continental, sempre foi destino perfeito de bandidos, assassinos e foragidos de todas as partes do mundo, incluindo nazistas que aqui encontraram abrigo, facilidades e até negócios, desfrutando a continuada prevaricação mantida nas instituições e a conveniente e irresponsável hospitalidade do povo.

A cultura secular de não extraditar estrangeiros procurados e a adesão a todas as convenções internacionais que concedem abrigo criou uma enorme lista de beneficiados que usufruíram de liberdade e proteção governamental.

“…criamos a cultura da benevolência para com os criminosos e da normalização do crime…”

Famosos como Roger Pinto Molina, Cesare Battisti, Olivério Medina, Alfredo Stroessner, Pietro Mancini, Albert Pierre, Achille Lollo, George Bidault, Ronald Biggs e Gustav Wagner ilustram a galeria de beneficiados pelos governos de direita e de esquerda, sempre em nome da ideologia.

Muitos deles se tornaram celebridades e frequentaram colunas sociais, como foi o caso de Biggs, ladrão que participou do famoso assalto ao Trem Pagador, na Inglaterra, em idolatria que chegou aos criminosos nacionais como o Bandido da Luz Vermelha, Cara de Cavalo, Lúcio Flávio, Mariel Mariscot, Escadinha, Hosmany Ramos, Maníaco do Parque, Marcola e Fernandinho Beira-Mar.

E foi assim, defendendo, protegendo ou idolatrando bandidos, nacionais e estrangeiros, que criamos a cultura da benevolência para com os criminosos e da normalização do crime como meio de vida ou até como atividade inserida no contexto da economia.

Passados mais de 500 anos, temos as instituições impregnadas pelos crimes impunes dos políticos e a própria criminalidade institucionalizada na parceria com órgãos públicos e atividades privadas, seja em empresas de ônibus, na prospecção de minérios, em redes de postos de combustíveis, em usinas de açúcar e álcool e nos muitos candidatos criminosos. 

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Cláudio Pissolito

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