OPINIÃO JC: Urnas futuristas, candidatos atrasados

OPINIÃO JC: Urnas futuristas, candidatos atrasados

As urnas eletrônicas brasileiras, projetadas e construídas no Brasil por brasileiros e para os brasileiros, atendendo as características e necessidades únicas do país, sem influência ou tecnologia estrangeira no sistema eleitoral, são, certamente, a maior conquista da democracia nacional em toda a história.

Entretanto, cumprindo a sina do “complexo de vira-latas”, descrito pelo jornalista Nelson Rodrigues em 1958 como “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”, o moderno sistema está sendo questionado.

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As arcaicas e ultrapassadas cédulas de papel depositadas em urnas de lona, pelo chamado voto impresso, temerosamente contadas a mão, ainda são reivindicadas por um grupo político retrógrado, que aposta no caos como meio de alcançar visibilidade, ou quem sabe pelo déficit intelectual que não permite aceitar a modernidade.

Por outro lado, um enorme número de eleitores ditos letrados, que fazem transações financeiras eletrônicas e se informam pelas plataformas da internet, teimam em replicar as sandices deste negacionismo absurdo, seja por mero capricho ideológico ou por desvio de caráter ao, propositadamente, avalizar o atraso.

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“…o voto eletrônico é adotado por

pelo menos 46 nações…”

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Para quem não sabe ou não quer que seja divulgado, o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea) – uma organização intergovernamental que apoia democracias sustentáveis em todo o mundo, atesta que o voto eletrônico é adotado por pelo menos 46 nações, o que é corroborado por várias agências de checagem internacional.

Até os Estados Unidos, citados como exemplo de país que utiliza voto em papel, tem 16 de seus estados que fazem eleições eletrônicas, sem a emissão de qualquer boletim impresso, como hoje é a tendência mundial nas nações evoluídas.

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Portanto, as urnas eletrônicas brasileiras, exemplo de modernismo, rapidez, eficiência e confiabilidade, que deveriam ser motivo de orgulho da indústria tecnológica nacional, sofrem questionamentos torpes e indignos, absolutamente insustentáveis, sem que os detratores tenham qualquer pudor em manifestar o retardo explícito.

Como já sabemos, o Brasil é dividido em duas pátrias, uma que trabalha, produz, evolui e paga impostos, e outra que vive do trabalho e dos impostos alheios e que tudo faz para manter essa condição de divisão eterna, pois nossas modernas urnas são carregadas de nomes antiquados. 

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Cláudio Pissolito

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