Os empregos e a qualificação

“…até mesmo os serviços domésticos estão com sobra de vagas…”  

Quem reclama da falta de emprego em Palmital ou nas cidades da região é porque não quer trabalhar ou não possui qualificação profissional suficiente para ocupar as vagas disponíveis, como provam as inúmeras ofertas veiculadas pelas mais variadas plataformas de comunicação, incluindo anúncios volantes pelas ruas das cidades.

Entre os que não desejam trabalhar está apenas o pequeno número de beneficiários de programas de transferência de renda que se contentam com os valores irrisórios que recebem, pois os desempregados que ainda buscam colocação são os que não atendem requisitos exigidos.

A Prefeitura de Palmital mantém uma Central de Empregos que oferece mais vagas do que recebe interessados aptos, além de disponibilizar com muita frequência diversos cursos de profissionalização e capacitação em várias áreas, desde à culinária, passando pela mecânica e chegando à eletricidade.

As cooperativas agrícolas encontram dificuldade para suprir as vagas existentes e as indústrias e as usinas não conseguem recrutar funcionários minimamente capacitados para as muitas funções disponíveis, com algumas delas criando programas para aprendizes, estagiários e de profissionalização.

Até mesmo o setor agrícola, de vocação natural das cidades da região, encontra dificuldade para contratar funcionários dispostos ou preparados para atuar em serviços de preparação de terras, plantio de lavouras, tratos culturais e colheitas, funções cada vez mais exigentes em técnicas apuradas.

Os setores de comércio e serviços também se ressentem de mão de obra qualificada e até mesmo os serviços domésticos estão com sobra de vagas, comprovada pela dificuldade em encontrar pessoas para serviços de faxina ou de cozinha, incluindo cuidadores e acompanhantes de idosos.

Na eterna gangorra do aquecimento e do arrefecimento das atividades produtivas, que garantem empregos ou causam desemprego, estão muitos brasileiros com baixa escolaridade, condição de saúde insuficiente e falta de ambição mínima para buscar a melhoria da qualidade de vida, da moradia e de acesso a bens e serviços básicos.

A fragilidade social perpetuada, com grande parte da população mantida em estado de pobreza material e até espiritual, por falta de vida digna ou pela humildade pessoal que causa o desapego exagerado, é que mantêm as cidades e o país em estado eterno de subdesenvolvimento, sem perspectivas de reversão. 

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Cláudio Pissolito

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