Os inúmeros ataques assassinos a escolas dos EUA, que há muito convivem com a deformação social causada pela cultura belicosa e o fácil acesso às armas, estão sendo replicados no Brasil que já contabiliza crianças, adolescentes e professores mortos e feridos covardemente no interior de estabelecimentos de ensino.
Os casos já recorrentes em escolas brasileiras, quase sempre com as mesmas características e até mesmo motivações, indicam que a exposição e o compartilhamento dos fatos podem ser indutores de comportamentos semelhantes.
A dificuldade em prevenir esse tipo de crime se dá pelo fato de não haver meios de identificação antecipada dos criminosos e muito menos de entender as motivações, quase sempre torpes, de reação homicida diante de fatos corriqueiros do cotidiano escolar ou social.
Pessoas até então insuspeitas, de comportamento sereno e outras bastante sociáveis, assim como os arredios, surpreendem os amigos, a sociedade e a própria família com atitudes radicais de violência sempre inexplicáveis, a maioria delas muito bem planejadas e as vezes seguidas do suicídio que comprova o extremismo absurdo.
“…é preciso repensar as maneiras de conduzir a educação e de controlar o ambiente escolar.”
Considerando que a revolução da comunicação digital leva as informações, principalmente as negativas, de forma rápida e abrangente, a todos os povos, culturas e regiões de forma simultânea, é preciso repensar as maneiras de conduzir a educação e de controlar o ambiente escolar.
As brigas frequentes entre alunos, o desrespeito a professores e funcionários e a forma de convivência que aceita namoros e as manifestações de carinho entre adolescentes, incluindo os homossexuais, são consideradas como filosofia libertária e moderna, mas de consequências muito graves quando contrariadas ou simplesmente limitadas.
O domínio do tráfico de drogas no entorno e também no interior de unidades de ensino, o vandalismo praticado por atuais e ex-alunos e a desvalorização da educação por meio da suspensão de aulas e das faltas injustificadas, assim como a baixa exigência de desempenho, podem ser motivos da violência crescente.
Para iniciar o processo de mudança, e assim evitar a gestação do ovo da serpente, é preciso melhorar a qualificação dos professores, fazer com que as famílias participem da vida escolar e que sejam cobradas pelo desempenho e frequência dos filhos, para assim transformar a escola em espaço sagrado e de respeito ao conhecimento, ao saber e à disciplina.
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