Padrasto acusado de matar enteado de 1 ano asfixiado vai a júri popular nesta quinta-feira

Menino morreu na madrugada do dia 23 de janeiro de 2022, em Agudos (SP). Após laudo indicar morte por asfixia, homem confessou à polícia que agrediu o bebê porque ele não parava de chorar. Mãe da criança também será julgada por abandono de incapaz.

O acusado de matar o enteado de 1 ano asfixiado Miguel Fontes Ramires, em janeiro de 2022, vai a júri popular nesta quinta-feira (24). A mãe da criança, Luana Roberto Pontes, também será julgada em Tribunal do Júri pelo crime de abandono de incapaz.

O Tribunal do Júri tem início às 9h30, no Fórum de Agudos (SP). Edenilson Portas Pereira responde por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, asfixia e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele e a mãe da criança estão presos preventivamente.

Relembre o caso

Edenilson Portas Pereira foi preso em fevereiro de 2022 depois que a polícia recebeu o laudo indicando que a morte do seu enteado foi causada por asfixia. A criança morreu em janeiro daquele ano e, até então, o caso havia sido registrado como morte suspeita.

Com a morte por asfixia, a polícia encaminhou para o judiciário o pedido de prisão temporária do homem, que foi encontrado e preso em Castilho (SP), no dia 4 de fevereiro. Um mês depois, a prisão temporária foi convertida em preventiva.

Edenilson Pontes responde por homicídio triplamente qualificado, em Agudos (SP) — Foto: Paula Franco/Arquivo Pessoal

Edenilson Pontes responde por homicídio triplamente qualificado, em Agudos (SP) — Foto: Paula Franco/Arquivo Pessoal

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Jader Biazon, o suspeito no seu depoimento à polícia, inicialmente, negou que tivesse agredido o enteado.

No entanto, no decorrer dos questionamentos, o homem confessou que deu um chute no menino porque ele não parava de chorar e, depois, acabou subindo na criança, colocando os joelhos sobre a região genital do bebê e pressionando com as mãos a barriga.

O homem também disse que estava sob efeito de drogas durante as agressões.

Padrasto e mãe respondem pela morte de menino de 1 ano em Agudos — Foto: Paula Franco/Arquivo Pessoal

Padrasto e mãe respondem pela morte de menino de 1 ano em Agudos — Foto: Paula Franco/Arquivo Pessoal

A mãe da criança virou ré pelo crime de abandono de incapaz. Segundo as investigações, ela teria saído de casa no início da tarde do dia 22 de janeiro e só retornado por volta das 20h30, do dia 23 de janeiro, data da morte da criança.

A princípio, Luana Roberto Pontes respondeu ao processo em liberdade, mas a Justiça determinou a sua prisão preventiva em julho de 2023. Ela permanece presa desde então.

‘Caiu do sofá’

O menino deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Agudos na madrugada do dia 23 de janeiro, onde foi confirmada a morte.

Segundo a unidade de saúde, a criança não tinha sinais aparentes de agressão, mas a polícia foi acionada e registrou o caso como morte suspeita.

Na noite anterior, o menino estava com o padrasto, quando a mãe chegou em casa e o homem afirmou que a criança caiu do sofá enquanto dormia. Ao ver que o menino não reagia, a mãe pediu socorro e uma vizinha teria tentado reanimar a criança antes de levá-la até a UPA.

Durante as investigações, a polícia ouviu testemunhas que confirmaram que a criança apresentava lesões nas costas e na região genital e que havia resquícios de sangue no nariz.

Criança foi levada para UPA da cidade, onde foi constada a morte — Foto: TV TEM / Reprodução/ Arquivo

Criança foi levada para UPA da cidade, onde foi constada a morte — Foto: TV TEM / Reprodução/ Arquivo

Fonte: G1

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