Ficar em casa, sem a possibilidade de sair para brincar com os amigos pode ser uma recomendação que não agrada muito as crianças. Mas em Jacareí (SP), um pai encontrou uma forma criativa para divertir e ensinar o filho de 6 anos durante esse período de isolamento social por causa da pandemia do coronavírus (Covid-19). Ele construiu um fliperama temático, batizado de “Corona Flipper” (veja vídeo acima).
Com madeira e materiais recicláveis, o brinquedo ensina de forma lúdica questões importantes sobre o combate ao vírus. Quando a bolinha é arremessada, ela passa pela área chamada “corredor da conscientização” e em seguida vai para a pela área da “ajuda ao próximo”, onde se ganha pontos. Os rebatedores foram nomeados como “prevenção” e “medicação”. São eles que tentam evitar que a bolinha vá para a “casa do chapéu”.
“Isso é uma coisa que eu fazia quando era criança. Moleque, anos 80, aquela febre dos fliperamas. Agora, estava de boa no domingão, pensei: ‘vou fazer um brinquedo para o meu filho. Vou montar uma mesa de fliperama para ele’. Aproveitei esse momento para dar uma descontraída sobre o tema. Fiz de um jeito para ficar mais lúdico, falar da importância da prevenção”, contou o microempresário Carlos Eduardo Anzolin.
“Eu poderia fazer um carrinho de rolimã pra ele, mas como tem essa limitação física, de não poder brincar na rua, fiz essa mesa para ele brincar em casa”, acrescentou.
O fliperama, construído em um dia por Carlos Eduardo, foi aprovado pelo filho Gael. Como este período não tem permitido o contato com os amigos, ele tem brincado com o fliperama apenas em casa, com os pais. Mas, quando a pandemia do coronavírus passar, pretende levar o brinquedo para a escola para se divertir com os colegas.
A quarentena, segundo Carlos Eduardo, tem sido tranquila para a família. Ele e a esposa já trabalham em casa, administrando uma loja virtual e uma papelaria. Nesse período, ele notou aumento pela procura de materiais escolares por pais.
“As pessoas têm buscado para fazer materiais com os filhos. Isso no meio virtual. Na loja física, eu já trabalho com os portões fechados mesmo. Como a gente tem essa vantagem de trabalhar em casa, ele [Gael] já está acostumado de ver a gente aqui. Muda a rotina no sentido de ele querer ir na casa dos amigos. Isso acaba sendo a limitação. A questão de fazer o fliperama é mais para fazer alguma coisa para descontrair com ele, fazer uma atividade de lazer dentro dessa limitação”, disse Carlos Eduardo.
Fonte: G1