O comerciante Clodoaldo Rodrigues, de 51 anos, o Dada, e seu filho Charles, de 28, tiveram as prisões preventivas decretadas na sexta-feira (12/04) durante a audiência de custódia realizada no Fórum da Comarca de Palmital. Eles haviam sido presos na quinta-feira (11/04) por tentativa de homicídio duplamente qualificada após espancar violentamente Renato Reis, de 42 anos, o Renatinho Toiço, que sofreu ferimentos graves e está internado no Núcleo de Atendimento Referenciado (NAR) do Hospital Regional de Assis.
As cenas de barbárie praticadas por pai e filho foram registradas em vídeos que foram compartilhados em redes sociais. O espancamento ocorreu em frente a um mercado na rua Joaquim Amâncio Ferreira. Os registros mostraram pai e filho batendo com violência em Renatinho já caído no chão. Dáda apareceu com uma faca na mão dando murros e chutes em Renatinho, enquanto Charles utiliza um pedaço de madeira para praticar as agressões.
Renatinho foi socorrido pelo Samu e recebeu o primeiro atendimento no Pronto-Socorro da Santa Casa, de onde foi encaminhado para Assis. A Polícia Militar foi até o estabelecimento comercial de Dáda, que fica a cerca de 200 metros do local do espancamento, para prender pai e filho. Renatinho, que é conhecido nos meios policiais pelo uso de entorpecentes e por crimes patrimoniais, permanece no NAR com afundamento no crânio e outras fraturas causadas pelas agressões.
Durante o registro da ocorrência, os acusados alegaram que Renatinho danificou o para-brisa de um caminhão do comerciante durante tentativa de furto na madrugada anterior, que os motivou a procurar a polícia para prestar queixa pela manhã. No início da tarde, Dada e Charles depararam com Renatinho, que estaria com uma faca e os teria ameaçado. Conforme relatos na ocorrência, pai e filho teriam desarmado o desafeto e, admitindo terem “perdido o controle”, agredido violentamente a vítima.
Na Delegacia da Polícia Civil, pai e filho foram autuados em flagrante por tentativa de homicídio por motivo torpe e por impossibilidade de defesa da vítima, sendo encaminhados para a Cadeia Pública de Lutécia. Na audiência de custódia, houve o acolhimento da representação do delegado Mateus Silva e a decretação da prisão preventiva de Dáda e Charles pela gravidade do crime para garantir a segurança pública, a instrução do processo e a aplicação das penalidades contra os acusados.
Com a da prisão por tempo indeterminado, pai e filho podem ficar encarcerados até o julgamento do processo na Justiça. O advogado Rafael Costa, que defende Dáda e Charles, disse ao JC que aguarda a juntada de mais documentos ao inquérito policial para pedir inicialmente a revogação de preventiva à Justiça da Comarca. Caso seja necessário, informou o defensor, poderá pleitear habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).