Pai, mãe e filha morrem por Covid-19 em intervalo de três dias: ‘Maior tragédia da família’, diz parente

Antônio, Ana Angélica e Antonia morreram por causa da Covid-19

Família é de São Francisco (SP), cidade de 3,7 mil habitantes no interior de São Paulo.

Em apenas três dias, a família de Ana Pires da Silva mudou tragicamente. Ela, que tem 72 anos, teve de enterrar três parentes em dias seguidos por causa do coronavírus. Dos quatro óbitos da pequena São Francisco (SP), cidade de 3,7 mil habitantes, três são da família dela. A cidade contabiliza, até segunda-feira (31), 54 casos.

“Foi a maior tragédia da nossa família, nunca mais será a mesma. Foi uma tragédia que não iremos esquecer. É uma doença que destrói a família. Se contaminar pode levar vários da sua família”, afirma a aposentada em entrevista.

Ana perdeu o irmão Antônio Pires da Silva, de 81 anos, a cunhada Ana Angélica Ramos, de 78 anos, e a sobrinha Antonia Angélica Faez, de 58 anos. Ela acredita que a sobrinha acabou contraindo a doença e acabou passando para os pais.

“Ela era tesoureira na prefeitura. Antes de sentir os sintomas, ela passou para o pai e a mãe. Eles não moram juntos, mas como a cidade é pequena eles estavam sempre juntos”, diz.

Com os três infectados, eles procuraram a unidade básica de saúde de São Francisco e começaram o tratamento em casa. Mas o quadro foi se agravando, como a falta de ar, febre alta e dor de cabeça, afirma a parente.

Depois, os três foram encaminhados para a Santa Casa de Jales (SP), onde permaneceram 30 dias na Unidade de Síndrome Gripal, UTI e entubação.

Ana relata que a sobrinha Toninha, como era conhecida, sentiu os primeiros sintomas em julho e foi a primeira a ser internada, logo depois os pais.

Contudo, a primeira morte foi da mãe dela, Ana Angélica, no dia 20 de agosto. No dia seguinte, Toninha não resistiu e acabou morrendo. No dia 22 quem não resistiu foi Antonio, que acabou sendo enterrado no dia seguinte.

“Foi uma tortura, um pesadelo que durou 30 dias. Da primeira internação até o último que morreu foram 30 dias, os piores da minha família. Por pouco foram quatro mortes, porque minha outra sobrinha também ficou muito mal, ficou isolada e não pode cuidar dos pais”, afirma.

O casal, que era proprietário de uma chácara na cidade, não tinha comorbidade grave, apesar da idade. “Meu irmão tinha 81 anos, mas tirava leite de vaca, cuidava do gado, era ativo. Era muito forte. Minha cunhada no máximo tinha dores no joelho.”

Ana afirma que, como a cidade é pequena, todos estão dando apoio para os familiares. Mas afirma que a doença marcou para sempre ela e a família.

“Não imaginávamos passar por momentos tão tristes e dolorosos. A gente nunca acredita que vai acontecer com a gente, até acontecer. O importante é ter fé para continuar a vida, mesmo sem eles”, afirma.

FONTE: G1

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

QUAL O MELHOR PRESENTE PARA PALMITAL NO ANIVERSÁRIO DE 103 ANOS?

Esta votação foi encerrada (since 7 meses).

VOTE NA ENQUETE ABAIXO - ESCOLHA APENAS UMA OPÇÃO

Melhoria na Saúde
35.06%
Melhoria na Segurança
14.34%
Melhoria no Horto Florestal
13.15%
Melhoria do Povo
11.95%
Melhoria na Educação
8.76%
Melhoria nas Estradas Rurais
6.77%
Melhoria na Arborização
3.98%
Melhoria na habitação
3.98%
Melhoria na Assistência Social
1.99%

Foto do Leitor

Envie sua Imagem de fato positivo ou negativo

HORÁRIOS DE ÔNIBUS

Clique na Imagem e Acesse os Horários

TV JC

Temas

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.