Para se defender, pai atira no rosto do filho durante surto psicótico do rapaz

Um ex-delegado, de 58 anos, atirou contra o filho, de 30 anos, durante um surto psicótico do rapaz na tarde de quinta-feira (08/06), em Mirante do Paranapanema (SP). O jovem chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Zanatta Riveira Holsback, tudo aconteceu no interior da residência da família, onde moram o pai, a mãe e os três filhos maiores de idade, na região central da cidade.

O delegado aposentado do Estado de Minas Gerais teria tentado socorrer o filho, diagnosticado com esquizofrenia, durante um surto, ocasião em que quebrou uma janela e acabou se ferindo.

“A família relatou que, nos últimos três anos, o quadro do rapaz piorou muito. Ele estava mais agressivo e violento. Hoje, por volta do horário do almoço, o filho teve mais um surto e o pai tentou contê-lo. A família apresentou os documentos médicos que atestam o quadro de esquizofrenia diagnosticado no filho”, afirmou ao g1 o delegado.

De acordo com Zanatta, no momento em que o pai foi pegar a chave do carro para levar o filho ao pronto-socorro municipal, ele foi surpreendido pelo jovem, que havia pegado uma faca na cozinha e tentou golpeá-lo.

Encurralado entre o corredor da residência e um dos quartos, o ex-delegado pegou sua pistola calibre .40 e acertou um único disparo no rosto do filho, na região abaixo de um dos olhos, na tentativa de conter as investidas.

O pai realizou os primeiros socorros ainda no local, até a chegada do Corpo de Bombeiros. O filho foi levado para a Santa Casa de Misericórdia do município, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

A pistola, a munição deflagrada e a faca foram apreendidas. A Polícia Científica foi acionada para periciar o local.

‘LEGÍTIMA DEFESA’

A família foi conduzida à delegacia para prestar depoimentos e, após as oitivas, todos foram liberados.

Ainda conforme Holsback, o ex-delegado possui o porte e o registro legais da arma de fogo, e teria agido em legítima defesa, como forma de cercear as agressões.

“Foi reconhecido, preliminarmente, a legítima defesa, pois o pai, utilizando moderadamente dos meios necessários, isto é, um único disparo de fogo contra o filho, praticou o fato para repelir a agressão. Ele não teve outra alternativa a não ser efetuar o disparo para preservar sua integridade física e sua vida. A família está muito abalada. Foi uma tragédia”, ressaltou ao g1 o delegado.

O corpo do rapaz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do ocorrido.

Fonte: g1

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