Paranaense é o primeiro paciente pediátrico do Brasil a passar por terapia celular de combate ao câncer; conheça tratamento

De acordo com especialistas médicos, a terapia celular é empregada como último recurso, quando não existem mais opções de tratamento disponíveis. O procedimento envolve a modificação das células do próprio paciente para combater os tumores.


O adolescente de 16 anos, Caio Bressan, passou por um tratamento revolucionário de terapia celular contra o câncer no Brasil. Esse procedimento envolve a utilização de células do próprio paciente, modificadas em laboratório, que se tornam capazes de combater os tumores.

No entanto, essa terapia é indicada apenas quando outras opções de tratamento já foram esgotadas. Segundo o Hospital Erasto Gaertner, Caio foi o primeiro paciente pediátrico no país a passar por esse tratamento inovador.

Caio, que é do Paraná, foi diagnosticado com leucemia aos 9 anos. Antes de ser recomendado para esse tratamento, ele passou por diversos procedimentos que não resultaram na cura completa da doença.

A terapia celular funciona por meio da coleta do material genético do paciente, que é enviado para os Estados Unidos, onde as células são modificadas. Em seguida, essas células modificadas são reintroduzidas no organismo do paciente por meio de uma infusão, semelhante a uma transfusão de sangue.

Quando o tratamento se tornou uma alternativa para Caio, ele ainda não tinha sido realizado no Brasil. Atualmente, essa terapia não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a médica Antonella Zanette, que cuidou do caso de Caio no Hospital Erasto Gaertner, a terapia celular utiliza linfócitos T, um tipo específico de célula, para destruir as células tumorais de forma direcionada.

Antes de receber a terapia celular, Caio passou por sessões de quimioterapia e recebeu um transplante de medula óssea da mãe, que era 50% compatível com ele. Ele ficou sete meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfrentou momentos críticos.

Após a infusão das células modificadas, o exame realizado cinco semanas depois trouxe um alívio para Caio e sua família: nenhuma célula de leucemia foi encontrada.

No Brasil, atualmente, a terapia com células modificadas é indicada para pacientes que já tentaram outros tratamentos sem sucesso e que sofrem de leucemia aguda linfoide até os 25 anos de idade, além do linfoma difuso de grandes células.

Apesar dos resultados positivos, a terapia celular ainda enfrenta desafios no sistema público de saúde, pois nem todos os pacientes têm acesso a esse tratamento promissor. Isso gera uma disparidade de oportunidades entre os pacientes.

Após cinco meses do tratamento, Caio voltou a enxergar um futuro promissor. Ele destaca a importância de aproveitar os pequenos momentos da vida e valorizar a família, os amigos e as coisas simples que trazem alegria. Caio está determinado a aproveitar cada momento da sua jornada.

Fonte: G1

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.