A programação religiosa do Corpus Christi, realizada em conjunto pelas paróquias de São Sebastião (centro) e Santo Antônio (bairro Paraná), que celebra o corpo e o sangue de Jesus Cristo, tem expectativa de atrair grande número de fiéis. A celebração unificada tem como objetivo reunir toda a comunidade católica da cidade em uma importante data do calendário cristão.
A partir da manhã de quinta-feira (19/06), as paróquias mobilizarão fiéis para a confecção dos tradicionais tapetes com motivos eucarísticos. Ao contrário dos anos anteriores, quando as ruas ganharam decoração entre as duas igrejas matrizes, haverá ornamentação com temática da celebração apenas em frente às igrejas de São Sebastião e de Santo Antônio.
A programação do Corpus Christi começa a partir das 16 horas na igreja de São Sebastião, no centro de Palmital, com missa solene celebrada pelo pároco Marcelo Barreto e concelebrada pelos padres Luiz Fernando Dias e Otávio Peres. Depois da missa, será realizada a procissão com o Santíssimo até a igreja Matriz de Santo Antônio.
O percurso do cortejo, que deve reunir grande número de fiéis, deverá passar por trechos das ruas Manoel Leão Rego, Dr. Geraldo Coelho, Duque de Caxias e Marechal Castello Branco, até chegar na igreja Matriz do bairro Paraná, onde os padres farão a bênção final aos fiéis.
DATA – A palavra Corpus Christi vem da língua latina e significa “Corpo de Cristo”. É uma festa litúrgica que leva à meditação sobre a importância da fé e celebra a presença real de Cristo na Eucaristia. A origem da cerimônia remonta ao século XIII e foi instituída pelo Papa Urbano IV (1262-1264) através da bula “Transiturus”, de 11 de agosto de 1264.
A celebração serviu para criar uma festa da Eucaristia no calendário litúrgico. São Tomás de Aquino foi responsável pela composição dos textos da liturgia de Corpus Christi, que lembra a passagem eucarística da Santa Ceia em que Jesus disse: “Este é o meu Corpo… Este é o cálice do meu Sangue… fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26).
A tradição dos tapetes surgiu em Portugal e foi trazida ao Brasil durante o período colonial. Feitos com materiais simples, como serragem, sal, pó de café, areia, cascas de ovos e até tampinhas plásticas, os desenhos representam passagens bíblicas, símbolos da Eucaristia e histórias da vida de Cristo.
A prática remete à entrada de Jesus em Jerusalém, quando as pessoas cobriram as ruas com mantos e ramos para acolher o Messias. Durante a procissão de Corpus Christi, os fiéis percorrem os tapetes, enquanto o sacerdote carrega o ostensório — objeto sagrado que exibe a hóstia consagrada, representando o próprio Cristo.