Parotocinclus jacumirim: nova espécie de cascudinho, do rio Jacuípe na Bahia

Parotocinclus jacumirim é endêmico da Bahia e a nova espécie brasileira.

Aparentemente essa nova espécie Parotocinclus jacumirim é endêmica, ou seja, ocorre exclusivamente nessa bacia, o que torna a descoberta ainda mais importante! Várias etapas são necessárias para a descoberta de uma nova espécie de peixe, como a coleta de indivíduos no campo, o exame de diversas características do corpo e a comparação com outras espécies do mesmo gênero e de outras localidades para a certificação de que é de fato uma espécie nova para a Ciência

Gênero Parotocinclus

Parátipo vivo Parotocinclus jacumirim
Parátipo vivo Parotocinclus jacumirim

A nova espécie pertence ao gênero Parotocinclus, um grupo de cascudinhos de porte bem pequeno que, em sua maioria, apresentam a nadadeira adiposa (que fica no dorso próxima à nadadeira caudal) bem desenvolvida. Porém, oito das 34 espécies descritas no gênero possuem a nadadeira adiposa vestigial, ou seja, durante a evolução perderam ou tiveram essa nadadeira diminuída, fato geralmente relacionados ao hábito de vida de cada espécie.

Etimologia

Rio Jacuípe, habitat do Parotocinclus jacumirim
Rio Jacuípe, habitat do Parotocinclus jacumirim

Essa é uma das principais características da nova espécie! O nome dado ao cascudinho é Parotocinclus jacumirim, em referência ao nome do rio onde a espécie foi encontrada, que significa rio dos jacus (uma espécie de ave) e mirim, que significa pequeno, na língua indígena tupi! Além da redução da nadadeira adiposa, que se restringe a apenas o espinho, sem a membrana, o cascudinho se diferencia dos demais peixes aparentados pela ausência de dentição acessória, abdômen com grandes áreas sem placas e ponta do focinho completamente coberta por placas e dentículos.

A descoberta de novas espécies de peixes permite, além de aumentar o conhecimento da nossa biodiversidade, entender como os ecossistemas funcionam e qual o papel delas para a manutenção da saúde desses ecossistemas, bem como se são indicadoras de áreas prioritárias para a conservação!

Fonte: AquaA3

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Cláudio Pissolito

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