Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, com milhões de citações a respeito da preservação ambiental e do enfrentamento às mudanças climáticas causadas pelo progresso tecnológico irresponsável, é preciso admitir que a modernidade não está nas máquinas, nos computadores, nos prédios ou na Inteligência Artificial, mas sim nas águas, nas árvores, nos rios e nas florestas.
Tudo o que foi destruído para dar lugar às metrópoles e à agropecuária de larga escala é exatamente o que representa a preservação da vida no planeta, provando que a modernidade está no passado e não no futuro.
Esta verdade indigesta defendida pelos ambientalistas, considerados como utópicos pelos negacionistas que desejam obter o lucro momentâneo, independente do que se pode causar para o futuro, não deve ser apregoada com radicalismo, mas sim com a sabedoria da chamada sustentabilidade.
Este termo, usado e aplicado mais recentemente, é na verdade o princípio básico do desenvolvimento ecologicamente correto, que alia o progresso com a preservação do meio ambiente para garantia da vida e, principalmente, da qualidade de vida para as futuras gerações que já podem estar condenadas pelo futuro incerto.
“…o progresso com a preservação do meio ambiente para garantia da vida…”
Cidades antigas, com ruas calçadas para garantir a infiltração das águas, passeios amplos para abrigar árvores, e sistemas de tratamento de esgoto eficientes que devolviam a água pura aos rios, como foi adotado em Palmital em meados do século passado, ainda servem como referência para o futuro.
Muito diferente do que se faz hoje, de usar asfalto, concreto e cimento para garantir a falsa limpeza em amontoados de construções, a concepção urbana previa casas distantes umas das outras, separadas por grandes quintais, ruas alinhadas e simétricas e grandes espaços arborizados como praças e jardins.
Ruas de pedras, substituídas pelo asfalto para facilitar o tráfego de veículos causadores de acidentes, calçadas estreitas e sem árvores, que fazem aumentar a temperatura, quintais cimentados, que não infiltram águas e causam enchentes, assim como as residências conjugadas, que evitam a circulação do ar e a exposição ao sol, prejudicando a saúde, são exemplos dos erros cometidos.
Reverter a concepção das cidades bom base em passado recente e aproveitando as tecnologias atuais, como a energia solar, e fazer o plantio de florestas e matas ciliares para proteger as águas, são medidas simples e baratas para garantia do futuro.
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