A criação dos governos é uma medida histórica, adotada universalmente para administração e regração de uma unidade política, seja aldeia, estado ou nação, sempre com nuances variadas, mais comuns como reinados absolutistas dirigidos pelos monarcas hereditários, ou como sistemas democráticos representativos, cujos mandatários são escolhidos pelos súditos, ou pelo povo, direta ou indiretamente.
Outras instituições de apoio aos governos, alguns elevados também à condição de poderes, surgiram no decorrer da evolução da sociedade organizada, como os legislativos e os judiciários, entre outros órgãos oficiais.
As variações de regimes de governos e de sistemas e ideologias políticos são divergentes nas formas e nos métodos, mas muito semelhantes nos objetivos e nas finalidades de buscar a aprovação da sociedade e a consequente manutenção ou continuidade no poder.
Com o avanço do saber e a politização das variadas classes sociais, praticamente todos os regimes de governo passaram a se empenhar em oferecer falsas vantagens às mais diversas classes econômicas e sociais, travestidos de benefícios bancados com os recursos produzidos e arrecadados da própria sociedade.
“…prefere distribuir bolsas para transferência direta de renda sem a exigência de qualquer contrapartida…”
Assim surgiram os governos paternalistas que, em vez de oferecer ensino de qualidade para a população se qualificar e se tornar mais independente, preferem fornecer materiais, uniformes e, principalmente, comida em forma de merenda escolar para alimentar alunos pobres.
Em vez de oferecer qualificação profissional e técnica para facilitar o acesso ao emprego, prefere distribuir bolsas para transferência direta de renda sem a exigência de qualquer contrapartida, sequer de frequência e desempenho escolar e muito menos a manutenção atualizada da carteira de vacinação de crianças, jovens e adultos.
Em vez de professores capacitados, vocacionados, empenhados e muito bem remunerados, os governos oferecem transporte escolar, equipamentos e ar-condicionado para o bem estar pessoal, sem exigir a melhoria do desempenho dos alunos.
E, para ampliar o pacote de bondades que não promove a sociedade, mas a torna cada vez mais dependente, temos medicamentos gratuitos a domicílio, oferta de anticoncepcionais e a limpeza interna e a pulverização de residências contra a proliferação de insetos transmissores de doenças, reforçando o paternalismo governamental perverso que condena o povo aos favores oficiais.
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