Que mania é esta de sempre buscarmos justificativas para tudo? Que mau hábito é este de sempre procurarmos culpados para as nossas frustrações e derrotas? Que má inclinação é esta de sempre criarmos um bode expiatório para os nossos erros e pecados?
Nós somos assim: não assumimos nossa vida por inteiro! Não aprendemos a ser responsáveis por completo! Não vamos até às últimas conseqüências de nossos atos.
Eis o que nos diz o Profeta Ezequiel, capítulo 18,1-32.
«Recebi a seguinte mensagem de Javé: “Que sentido tem para vocês este ditado que se repete na terra de Israel: ‘Os pais comeram uva verde, e a boca dos filhos ficou amarrada’? (…) Vocês não vão repetir mais esse ditado em Israel. Todas as vidas são minhas, tanto a vida do pai como a vida do filho. O indivíduo que pecar, esse é que deverá morrer.
Se o indivíduo é justo e pratica o direito e a justiça certamente permanecerá vivo. Contudo, se esse indivíduo tiver um filho violento e assassino, mesmo que o pai não faça nada disso; é claro que não permanecerá vivo por ter praticado todas essas abominações: ele será responsável por seus próprios crimes.
Acontece, porém, que esse indivíduo tem um filho que vê tudo de errado que o seu pai faz. Ele vê, mas não faz igual. Esse indivíduo não vai morrer por causa dos pecados do seu pai. O pai dele, que praticou a violência, que roubou e maltratou o seu povo, este sim deverá morrer por causa do seu próprio pecado.
(…)
Se o injusto se arrepende de todos os erros que praticou e passa a guardar os meus estatutos e a praticar o direito e a justiça, ele permanecerá vivo. Tudo de mau que ele praticou não será mais lembrado. Por acaso, eu sinto prazer com a morte do injusto? Contudo, se o justo renuncia à sua própria justiça e pratica o mal, será que ele vai fazer isso e continuar vivo? Não! Toda a justiça que ele praticou vai ser esquecida. Ele morrerá por causa das injustiças que passou a praticar.
Mas se vocês ainda disserem: ‘A maneira do Senhor agir não é justa!’ Escute aqui, casa de Israel: Será que não é justa a minha maneira de agir, ou é a maneira de agir de vocês que não é justa?
Se o justo deixa de ser justo e começa a praticar a injustiça, ele morrerá por causa da injustiça que praticou. Quando o injusto renuncia à sua injustiça e começa a praticar o direito e a justiça, ele está salvando a própria vida. Se ele perceber todo o mal que vinha praticando, viverá e não morrerá.
Assumindo as responsabilidades que nos competem, salvamos a nós e libertamos os outros!
PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS