Pescadores encontram na Baía de Guanabara garrafa comemorativa da Copa de 1998

Pescadores de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, encontraram na Baía de Guanabara uma garrafa plástica produzida há 25 anos.

A Coca-Cola de 2 litros, intacta (mas vazia), era de um lote comemorativo da Copa do Mundo de 1998, cujo rótulo traz caricaturas dos jogadores que perderiam a final para a França. A “relíquia” foi recolhida na semana passada, manualmente, na areia de uma das praias da Ilha do Pontal.

Garrafa PET de Coca-Cola de 1998 foi encontrada em ilha na Baía de Guanabara — Foto: Reprodução/TV Globo

Garrafa PET de Coca-Cola de 1998 foi encontrada em ilha na Baía de Guanabara — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma garrafa como a achada pelos pescadores gonçalenses demora 450 anos para se decompor no ambiente. Tampinhas têm um “tempo de vida” menor, de 150 anos; latinhas de alumínio custam de 200 a 500 anos a sumir, e o vidro resiste a gerações e gerações: 1 milhão de anos até a decomposição completa.

Colônias de pescadores realizam trabalhos de limpeza no Canal de Magé e nos rios Suruí e Estrela, na Baixada Fluminense, e nos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado, em São Gonçalo.

Mais de 150 toneladas desse lixo já foram retiradas pela Federação de Pescadores do Rio de Janeiro desde fevereiro. A entidade mantém o programa Águas da Guanabara, que visa a quantificar e a qualificar os resíduos sólidos e a medir os impactos sobre a fauna e flora da Baía.

Coca-Cola da Copa de 1998 tem caricatura de jogadores — Foto: Reprodução/TV Globo

Coca-Cola da Copa de 1998 tem caricatura de jogadores — Foto: Reprodução/TV Globo

Garrafa PET de Coca-Cola de 1994 foi encontrada em ilha na Baía de Guanabara — Foto: Francini Augusto/TV Globo

Garrafa PET de Coca-Cola de 1994 foi encontrada em ilha na Baía de Guanabara — Foto: Francini Augusto/TV Globo

Firjan: R$ 2 bi de prejuízo

Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que o RJ joga fora mais de R$ 2 bilhões em resíduos que poderiam ser reciclados.

A entidade afirma que em 2021 mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos pós-consumo com potencial de reciclagem foram enviados para aterros no estado. “Esse volume representa mais de R$ 2 bilhões em recursos literalmente enterrados”, destacou a Firjan, em nota.

A estimativa faz parte do Mapeamento de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro 2023, elaborado pela Firjan e que está em sua segunda edição com recorte estadual.

“A geração total de resíduos sólidos urbanos no estado é de aproximadamente 7,5 milhões de toneladas anuais. O mapeamento identifica os pontos de geração e destinação desses resíduos e indica oportunidades de fortalecimento de toda a cadeia da indústria da reciclagem”, explicou Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan.

O estudo mostra um avanço na separação dos resíduos pós-consumo gerados por empresas, que saltou para 35,8% do fluxo, ante os 20,9% encontrados em 2019. Já a separação de resíduos sólidos urbanos, representada pelo percentual de coleta seletiva, permanece em 1,3% do total.

O mapeamento mostra as regiões do estado que absorvem os resíduos nas atividades de reciclagem. A capital continua sendo a região mais representativa, concentrando 50,3% dos recicláveis recebidos. O plástico se mantém como o tipo de resíduo com maior capilaridade, sendo reciclado em diversas regiões.

Desde a triagem até a sua efetiva incorporação em novos produtos acabados, os resíduos têm potencial de gerar emprego, renda e arrecadação de impostos. A recuperação de mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos não aproveitados seria capaz de encadear nas indústrias de fabricação de papel e papelão, de plástico e na metalurgia um investimento produtivo adicional na economia do país em torno de R$ 4,74 bilhões, além do investimento inicial de R$ 2 bilhões.

Além disso, outro impacto estimado é a geração de R$ 9,17 bilhões em renda e 31,9 mil novos empregos, sendo 13,8 mil diretos e 18,1 mil indiretos.

Fonte: g1

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Cláudio Pissolito

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