Pesquisadora do interior de SP ganha prêmio internacional com estudo na área da saúde

Uma pesquisadora de Itapetininga (SP) ganhou um prêmio internacional a partir de um estudo na área da saúde. Gisele Camargo Rodrigues, de 27 anos, é fisioterapeuta teve o trabalho premiado no Internacional Trainee Scholarship (ITS), que é destinado a pós-graduandos do mundo todo.

 

Ao G1, Gisele contou que estava prestes a defender a dissertação e receber o título de mestre em ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), quando enviou um resumo do trabalho ao American Thoracic Society, que é o maior congresso de pneumologia, terapia intensiva e cirurgia torácica do mundo.

 

“Fiquei surpresa, porque não esperava que um trabalho de mestrado ganhasse. Apenas doutorandos ganham. Fiquei desacreditada, mas ao mesmo tempo extremamente feliz, principalmente por ser mulher. Aqui no Brasil, a maioria dos pesquisadores é composta por mulheres no mundo científico e tenho a grande luta dentro de mim por ser mulher, do interior, e bolsista”, diz.

 

De acordo com Gisele, o estudo premiado trata sobre o impacto da obesidade sobre o músculo diafragma, que é o principal da respiração.

 

“Eu avalio a fundo diferentes componentes do diafragma, principalmente as mitocôndrias, essenciais para o metabolismo das células, e consequentemente, para a função dos tecidos. Comparo os resultados de indivíduos normais e obesos para identificar possíveis alterações funcionais.”

 

Gisele diz que passou a estudar o tema porque o Brasil é considerado o 5º país no ranking mundial da obesidade. Segundo a pesquisadora, pacientes obesos podem precisar ser submetidos à ventilação mecânica, que é a respiração por aparelhos, e este tipo de cuidado pode ser desafiador por causa do acúmulo do tecido adiposo que modifica a fisiologia da respiração.

 

“Além disso, ficar muito tempo conectado a estes aparelhos não é nada bom, pela possibilidade de muitas complicações, como doenças associadas à ventilação mecânica e perda de força do diafragma”, afirma.

 

Com o prêmio, a pesquisadora ganha uma quantia em dinheiro, certificado e também o direito de participar da cerimônia de premiação que estava marcada para maio. Por causa da pandemia da Covid-19, será realizada uma sessão virtual no dia 23 de junho para apresentação dos trabalhos premiados.

 

“Minha carreira na ciência ainda está só começando, fico muito feliz em levar o nome da minha ‘terrinha’ Itapetininga para longe. Eu tenho muita gratidão pelas instituições públicas de ensino e pesquisa que seguem resistindo e que se menos sufocadas vão levar mais jovens garotas e garotos de ‘Itapê’ para o mundo.”

Fonte: G1

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