Polícia esclarece fraude e prende verdadeiro motorista de acidente que matou Patrícia Mariano

Polícia Civil esclareceu uma fraude e prendeu o verdadeiro motorista envolvido na morte de técnica em enfermagem Patrícia Carolina Souza Mariano, de 27 anos, ocorrida na noite de 12 de julho em Platina. Ela voltava do trabalho na Santa Casa de Assis quando teve a traseira da moto atingida violentamente por uma caminhonete na vicinal José Antônio Francisco dos Reis, na Água do Lajeado.

As investigações da equipe comandada pelo delegado Giovani Bertinatti, responsável pela Delegacia de Platina, comprovaram que houve fraude durante o registro da ocorrência, pois o motorista que se apresentou não foi o mesmo que realmente esteve envolvido no acidente. O acusado foi identificado e preso temporariamente, por ordem judicial, em operação da Polícia Civil na terça-feira (29/08).

De acordo com a Polícia Civil, a Toyota Hiluz conduzida pelo acusado de 49 anos estava em velocidade excessiva e atingiu “brutalmente” a traseira de Honda Titan pilotada por Patrícia, que voltada para sua residência em Platina após plantão na UTI da Santa Casa de Assis. O registro de ocorrência inicial indicou um jovem de 27 anos que se apresentou como motorista da caminhonete, alegando que não teria visto a lanterna traseira da motocicleta acesa e, por isso, não conseguiu desviar ou frear para evitar o impacto.

“As investigações confirmaram que o verdadeiro motorista fugiu do local e um terceiro assumiu a responsabilidade pelo acidente, acreditando que a falsidade nos fatos se deu pelo fato do verdadeiro motorista, identificado como A.F.C., já estar cumprindo pena em liberdade por outro delito”, esclareceu nota enviada pela Polícia Civil. Diante da constatação de fraude, Bertinatti entendeu que o acusado assumiu o risco pelo excesso de velocidade e o indiciou por prática de crime de homicídio com o dolo eventual, fuga de local de acidente e condução de veículo com o direito de dirigir suspenso.

Diante da situação, delegado solicitou a custódia do motorista, que foi concedida pela Justiça da Comarca. Os mandados judiciais foram cumpridos por equipe da Polícia Civil em Platina, com apreensão de aparelhos celulares dos investigados. Em seguida, o motorista foi localizado e preso em Assis, onde confessou o crime. Em seguida, ele foi levado à Cadeia Pública de Lutécia. Informações policiais apontam que ele possui condenação por associação para o tráfico de drogas.

O comparsa que foi até o local do acidente e assumiu indevidamente que estava conduzindo a caminhonete envolvida na morte de Patrícia Mariano também será responsabilizado criminalmente, por autoacusação falsa. Bertinatti informou ainda que a versão apresentada pelo rapaz durante o registro da ocorrência não corresponde com os fatos, pois câmeras de vigilância às margens da vicinal registraram a passagem da moto de Patrícia, que estava com farol e sistemas de iluminação em pleno funcionamento.

ACIDENTE – Patrícia Mariano, que é de família palmitalense, teve a traseira da moto atingida quando trafegava pela vicinal Assis-Platina. Devido à violência do impacto, o corpo da técnica em enfermagem foi arremessado a cerca de 50 metros de distância do veículo, o que causou morte imediata. O seu funeral incluiu velórios nas cidades de Platina e Palmital, onde foi sepultada no Cemitério Municipal na tarde de 13 de julho.

Patrícia, que era filha de Márcia e Carlos Quirino do Prado (Carlinhos Carpinteiro), deixou o marido Douglas Mariano, que atua no setor da saúde da Prefeitura de Platina, e dois filhos pequenos. Sua morte trágica teve grande repercussão na região, com diversas manifestações em redes sociais de solidariedade a familiares e amigos. A Santa Casa de Assis também divulgou nota de pesar lamentando o falecimento da colaboradora.

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