Buraco avança em direção a Lupércio, no interior de SP, e tem chamado atenção dos quase 4 mil habitantes da cidade. Erosão de 300 metros de extensão, 25 metros de largura e 15 metros de profundidade já pode ser vista em imagens de satélite.
A Prefeitura de Lupércio (SP) entrou com uma ação na Justiça para desapropriar a área onde há uma cratera gigantesca que tem avançado em direção à cidade e assustado os moradores.
A administração municipal afirma que tentou “amigavelmente” contato com o proprietário para entrar no local e verificar a origem do problema, mas não obteve sucesso.
“Tentamos de várias formas amigavelmente contato e nenhuma dessas tentativas foram bem sucedidas. Ele negou o acesso ao local e a erosão veio subindo, chegando ao ponto atual”, revela Miller Sampaio, coordenador da Secretaria de Obras de Lupércio.
Com aproximadamente 300 metros de extensão, 25 metros de largura e 15 metros de profundidade, segundo a Secretaria de Obras do Município, o buraco foi registrado, inclusive, por imagens de satélite.
De acordo com a prefeitura, a área onde a cratera se formou é de propriedade privada e é utilizada para atividades agrícolas. A erosão teve início em 2007, mas com as recentes fortes chuvas, ela aumentou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/N/v/RdXApjRbGfpP4WtgP79A/design-sem-nome-24-.jpg)
Uma das possíveis causas para o surgimento da cratera seria um problema decorrente de danos em uma galeria de águas pluviais. Segundo a Secretaria de Obras, o custo estimado para a obra é de cerca de R$ 3 milhões, o que seria inviável para a prefeitura arcar apenas com recursos municipais.
“Reconhecemos que a prefeitura sozinha não tem capacidade financeira para arcar com essa despesa sem comprometer outros setores vitais, como saúde, educação e demais serviços essenciais”, disse o município por meio de nota.
Além disso, para executar a obra em um terreno particular, a prefeitura precisaria, primeiro, desapropriar a área. Por isso, o município entrou na Justiça em caráter de urgência com o pedido de desapropriação.
“A prefeitura entrou com um processo porque sabemos que, para colocar um recurso público em qualquer obra, é preciso documentações. Caso contrário, não tem como conseguir a verba para colocar nessa obra”, revela Miller Sampaio.
Enquanto isso, os moradores se preocupam com o fato da erosão avançar em direção à avenida Santo Inácio, principal via da cidade, e à rua Adamastor Ferreira da Costa, local de área residencial.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/l/G/ANrSJJQ9qnikpDKmdkBA/whatsapp-image-2024-04-18-at-15.35.59-1-.jpeg)
De acordo com o coordenador da Secretaria de Obras, a prefeitura tem empreendido esforços para conter o avanço da erosão por meio de ações preventivas.
Apesar do medo de parte da população, garante que o trabalho é eficaz e evitará possíveis consequências, como a desocupação de casas próximas à cratera.
“A princípio, não [haverá desocupação], porque fizemos uma obra de contenção, para conter a erosão, e os moradores vão ficar onde estão até uma segunda previsão”, comenta o coordenador da Secretaria de Obras de Lupércio.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/J/s/NOmAjXRgO9ATcES0hxQA/lupercio-2.jpg)
Fonte: G1