“…grandes árvores e florestas são barreiras naturais aos ventos que perdem força e ganham altura, reduzindo danos nas superfícies…”
Entre as muitas falhas das administrações públicas no Brasil estão a falta de previsão, de provisão e, principalmente, de prevenção, em praticamente todos os setores considerados básicos, como saúde, educação, segurança, moradia e, agora, mais do que nunca, no aspecto ambiental.
Não obstante aos crescentes casos graves de enchentes, vendavais, quedas de árvores e destruição de imóveis, o que se constata é a absoluta ausência de medidas preventivas, pois, de forma recorrente, apenas ações paliativas são adotadas após as catástrofes climáticas logo esquecidas pelo povo e pelas autoridades.
Como já constatado e comprovado no caso extremo acontecido no último final de semana na cidade paranaense de Rio Bonito do Iguaçu, praticamente destruída por vendavais incomuns, seguidos de muitas chuvas, foi exatamente a ausência de vegetação, ou de cobertura florestal em seu entorno a principal causa do enorme desastre causado na zona urbana. Cercada de campos abertos com culturas de soja, milho, feijão e fumo, a pequena cidade não resistiu à força dos ventos.
A cobertura vegetal variada garante proteção às erosões e muito mais infiltração de águas no solo para abastecer as populações, enquanto as grandes árvores e florestas são barreiras naturais aos ventos que perdem força e ganham altura, reduzindo danos nas superfícies onde estão as edificações.
Entretanto, a ocupação do solo para exploração agrícola, sem manter as matas nos espigões e nas áreas lindeiras às nascentes e aos rios, somadas à ausência de parques e ruas bem arborizadas, fazem das cidades meros espaços áridos e quentes e de paisagens cada vez mais devastadas e, consequentemente, mais suscetíveis a vendavais.
Como medidas preventivas simples e baratas, em Palmital, por exemplo, é possível criar barreiras eficientes aos ventos com o plantio de grandes árvores nas regiões mais elevadas da zona urbana, como as margens do Anel Viário, e também criar pequenos bosques nas várias praças da cidade.
Identificando a direção recorrente dos ventos mais fortes, como medida preventiva, as pequenas cidades da nossa região podem também fazer o provisionamento de recursos para investir na prevenção aos possíveis desastres que não escolhem hora ou lugar para acontecer, pois dependem apenas das facilidades que encontram.
CONFIRA TODO O CONTEÚDO DA VERSÃO IMPRESSA DO JORNAL DA COMARCA – Assine o JC – JORNAL DA COMARCA – Promoção: R$ 100,00 por seis meses














