Professora é premiada por ensinar através do diálogo: ‘Aluno se sente importante’

Professora Suzi Dornelas (à frente) com alunos da Escola Estadual Professor José Ranieri, de Bauru: famílias e comunidade escolar envolvidas

Professora de educação física Suzi Dornelas está entre os 10 vencedores do 23º Prêmio Educador Nota 10 com o projeto ‘Viajando pela Cultura Africana’. Ela ainda concorre aos prêmios de Educador do Ano e de Projeto Inovador.

Uma professora que ministra a disciplina de educação física em uma escola pública de Bauru (SP) com a proposta de dialogar e trocar experiências com seus alunos sobre a temática da cultura africana está entre os dez vencedores do maior e mais importante prêmio da Educação Básica Brasileira.

Suzi Dornelas e Silva Rocha, da Escola Estadual Professor José Ranieri, integra a lista dos vencedores da edição deste ano do Prêmio Educador Nota 10. Os premiados foram anunciados durante o programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, nesta segunda-feira (20).

Suzi Dornelas ganhou um vale-presente no valor de R$ 15 mil e segue na disputa de mais duas importantes premiações: o título de Educador do Ano e o de Projeto Inovador.

Para trabalhar a educação física de forma lúdica com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, Suzi optou por jogos e brincadeiras de matriz africana que levaram a turma a expandir seus conhecimentos sobre a história e a cultura desse continente, valorizando a identidade afro-brasileira.

“Em um país multirracial como o nosso, acho fundamental descobrirmos as nossas raízes e aprendermos a respeitar outras culturas. No final das contas, os próprios alunos trazem para a nossa vivência na escola experiências de suas casas, de suas vidas”, explica a professora.

Suzi, que é professora-pesquisadora, escreveu um diário de campo e documentou em vídeo as etapas do projeto “Viajando pela Cultura Africana” com imagens de rodas de conversa, falas individuais, brincadeiras, da preparação e realização do festival que envolveu as famílias dos alunos e a comunidade escolar.

“Nessa prática, os alunos logo perceberam que eles tinham a opção de poder dialogar. O projeto estimula a curiosidade e eles [alunos] se sentem importantes”, acredita a educadora.

Segundo a professora, a motivação para a criação do projeto surgiu a partir de seu incômodo com a carência dos estudos da matriz africana, que muitas vezes direciona seu foco apenas para a questão da escravidão, sem valorizar sua cultura.

Segundo ela, cadernos de registros das crianças contêm explicações sobre os jogos, desenhos, uma pequena autobiografia, discussões da classe e informações sobre os países, evidenciando o protagonismo dos alunos.

Múltiplas linguagens – corporal, oral, escrita, audiovisual – foram usadas para descrever de maneira minuciosa as ações dos alunos e da professora ao longo do trabalho.

O planejamento pedagógico desenvolvido para sua pesquisa, que virou tese de mestrado, resultou em um material com 20 sequências didáticas sobre o tema.

Formada pela Unesp de Presidente Prudente, Suzi Dornelas defendeu sua tese de mestrado em educação física escolar na Unesp de Bauru.

FONTE: G1

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