Professora Teka Costa morre aos 91 anos em Palmital

A professora aposentada Thereza Costa, a Teka, morreu na noite de domingo (25/06) na Santa Casa de Misericórdia, aos 91 anos. Figura muito conhecida e querida em Palmital, ela se destacou pelo trabalho de formação de jovens e na dedicação ao setor educacional.  Mesmo depois de abandonar as salas de aula, manteve-se ativa junto à comunidade, sendo reverenciada por ex-companheiros de profissão e ex-alunos.

Tereza Costa nasceu no dia 18 de julho de 1931 em Palmital e foi a penúltima dos cinco filhos da dona-de-casa Maria Conceição da Costa e do agricultor Antônio da Costa, um português que chegou ao Brasil no início do século passado e, após passar por Salto Grande, passou a trabalhar na fazenda da família de Candinho de Mello, na Água do Guarani. Ainda na infância, ela cursou o Externato Piratininga, escola mantida pelo professor Alcides Prado Lacreta. O ensino primário foi cumprido na escola Horácio da Silva Leite, o Grupão.

Ainda jovem, Teka chegou a ficar noiva de um jovem que faleceu em acidente em São Paulo. Após fazer curso supletivo, ela foi para a capital paulista e ingressou, no início da década de 1950, no Instituto Santa Amália, onde fez curso técnico de economia doméstica e trabalhos manuais. Posteriormente, retornou a Palmital e começou a lecionar na escola estadual J. J. Bittencourt (Cene). Ela também atou em colégio estadual na cidade de Agudos.

No final dos anos 50, Teka foi trabalhar no Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha, no bairro do Brooklin, em São Paulo. Como era uma escola que incorporava técnicas educacionais inovadoras para a época, a unidade era constantemente monitorada pela Ditadura Militar, que perdurou entre os anos de 1960 e 1980. Durante as duas décadas de trabalho na capital paulista, a professora também fez o curso de pedagogia na Faculdade Oswaldo Cruz e foi aprovada em concursos para a rede estadual de ensino.

Teka retornou a Palmital em 1981 para cuidar da mãe e, como concursada na rede estadual, passou a trabalhar como coordenadora pedagógica na escola Adalgisa Cavezzale de Campos, onde se aposentou no início dos anos de 1990. A professora foi diretora de educação na gestão da prefeita Marilena Tronco (1993 e 1996), quando atuou por melhorias nas escolas municipais e atendeu demandas da rede estadual, como o fornecimento de merenda.

Após deixar a Prefeitura, ela não mais atuou na área da educação, mas mesmo longe do ambiente escolar, manteve o hábito da leitura de livros sobre história e educação, além de acompanhar canais de televisão com temas educativos. Em 29 de junho de 2014 sofreu um duro golpe, quando viu sua casa, na rua Duque de Caxias, incendiar completamente. O fogo destruiu todos os pertences e lembranças de uma longa vida dedicada ao trabalho pela educação e às amizades da vida.

Posteriormente, Teka passou a residir em um imóvel alugado ao lado do antigo Fórum. Nos últimos nos últimos meses de vida, foi abrigada no Asilo São Vicente de Paulo, onde recebeu cuidados devido às comorbidades e à idade avançada.

Teka estava internada desde a terça-feira da semana passada (20/06) na Santa Casa de Palmital para tratamento de insuficiência respiratória, onde faleceu. O corpo foi velado na Funerária Santa Terezinha e o sepultamento se deu na segunda-feira (26/06) no Cemitério Municipal de Palmital.

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Cláudio Pissolito

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