Que venham os velhos

Uma das críticas comuns às pequenas cidades do interior é que muitas delas são transformadas em redutos de aposentados, em adjetivação que inclui Palmital e as cidades da Comarca de forma pejorativa, atribuindo à presença de muitos moradores idosos como negativo para a economia municipal.

Entretanto, as melhores e mais ricas pequenas cidades do interior são justamente aquelas que abrigam muitos moradores idosos, que depois da aposentadoria buscam viver em urbes mais tranquilas e que oferecem boa qualidade de vida e bons serviços essenciais básicos de saúde e lazer. 

Historicamente, as cidades praianas, como Santos e Guarujá, e as das montanhas, como Campos do Jordão, sempre foram as preferidas dos aposentados que buscam tranquilidade, lazer e saúde, mas o aumento populacional do litoral e o crescimento do turismo nas montanhas já são empecilhos para essa escolha.

A partir de então, cidades médias como Marília, Botucatu e Indaiatuba passaram a receber mais idosos, que já se incomodam com a violência e o crescimento acelerado dos municípios com bastante apelo industrial e que geram muitos empregos a jovens e iniciantes nas mais diversas carreiras profissionais.

“…são inúmeras as residências mantidas por famílias que deixaram a cidade e que pretendem retornar…”

Considerando que o aumento do número de idosos é uma realidade estatística irreversível e que todas as cidades devem adequar suas infraestruturas para atender esta faixa da população, que mais cresce, pode-se considerar a atração de idosos aposentados como fator de crescimento da população e da renda individual dos cidadãos.

Em Palmital, por exemplo, já são inúmeras as residências mantidas por famílias que deixaram a cidade e que pretendem retornar na aposentadoria, e que as utilizam para passar períodos de férias ou os feriados prolongados, gerando renda ao comércio e impostos à Prefeitura.

A maioria dos idosos aposentados têm renda própria ou familiar suficiente para fazer frente às suas despesas, sem necessitar de auxilio público, costumam gastar seus recursos integralmente em produtos, serviços e lazer e formam grupos de pessoas experientes o suficiente para se integrar de forma positiva e construtiva à comunidade.

Entretanto, Para atrair os idosos é preciso manter a cidade segura, com clima ameno, as ruas arborizadas, as praças e jardins bem cuidados e os serviços públicos essenciais, principalmente o de saúde, com boa qualidade para suas necessidades, pois os idosos de alta renda são mais exigentes.

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Cláudio Pissolito

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