SINA DE VICE
A renúncia do vice-prefeito Júlio Yamamoto confirma a sina das chapas eleitas em Palmital, cuja grande maioria se rompe durante a administração municipal. Nos últimos sete mandatos, apenas o vice-prefeito Placidinho, eleito junto com Beto Leão, permaneceu fiel à administração, organizou eventos e sempre esteve à disposição do prefeito como colaborador em várias áreas. Placidinho só existe um.
VICE MÉDICO
Apesar da tradição do rompimento do vice em Palmital, desde o último mandato de Manoel Leão Rego, no começo da década de 1970, que não havia renúncia formal de vice-prefeito. Na época, o vice Dr. Horaldo Ribeiro, também médico, havia deixado a cidade e, quando Manoel Leão faleceu, ele renunciou porque não podia assumir. Mais de 40 anos depois, é outro vice médico que renuncia em Palmital.
ROTEIRO MACABRO
A renúncia surpresa do vice-prefeito Julio Yamamoto, depois de mais de dois anos no cargo, cria um roteiro estranho, típico de manobras que podem ter desfechos imprevisíveis, pois a saída extemporânea muda a linha de sucessão na Prefeitura. Caso haja alguma iniciativa no sentido de obstar a continuidade do mandato do prefeito eleito, o roteiro estará sendo cumprido e as profecias macabras se confirmando.
CUSTO BENEFÍCIO
Depois de baixada a poeira e de amenizada a exploração política do caso, pode-se deduzir que a renúncia do vice-prefeito só tem objetivo de ordem pessoal. Como foi amplamente divulgado na mídia regional e confirmado pelo próprio Dr. Júlio ao JC, ele assumirá como médico concursado em Cândido Mota, onde já possui vínculos profissionais e pessoais. É o cálculo exato do chamado custo-benefício.
CRIME EM ALTA
Além dos casos graves de assassinato, que causaram comoção na cidade e repercussão na região, os furtos e roubos continuam atormentando a vida dos moradores. Entre muitos ataques de meliantes conhecidos, ladrões iniciantes também fazem suas peripécias. Ontem, chegaram ao cúmulo de arrebentar a porta de vidro de uma loja com o automóvel furtado. Estão perdendo o medo da cadeia.
CADEIA CHEIA
A prisão do ex-presidente Michel Temer, que até o fechamento desta edição não havia recebido ajuda do ministro Gilmar Mendes, do STF, mostra que o crime político já não compensa mais. Muitos que entram na vida pública com o intuito de atender a uma vaidade pessoal ou enriquecer o currículo de vida, acabam preenchendo a ficha de antecedentes criminais. Se houver mais denúncias, vai faltar cadeia para todos.
BOMBANDO NA NET
Em três meses, o portal de notícias JC Online trocou de servidor duas vezes, pois os primeiros não suportaram o número de acessos muito acima do previsto. Na segunda-feira, segundo os administradores, houve tentativa de invasão do site, indicando a popularidade que alcançou graças ao acerto da iniciativa e ao conteúdo oferecido. Mesmo com alguns dias fora do ar, a média de 30 dias chega perto de 90 mil visitas. E nem começamos.
NÚMEROS ESTRANHOS
As estatísticas de visitas ao site JC Online mostram a preferência dos internautas, que se interessam muito mais por temas policiais e populares do que os de cunho cultural, de saúde ou social. Uma notícia de assassinato chega a ser visitada 50 vezes mais que a descoberta de um medicamento novo, enquanto a foto de Gracyane Barbosa usando fio dental supera em 20 vezes a reportagem sobre a criação do rim biônico. Tudo é gosto, ou desgosto.