FOCO NA COVID
Fugindo da característica natural desta coluna, de tratar os temas sociais, políticos e outros de forma leve, com humor e irreverência, hoje vamos dedicar o espaço que atrai grande número de leitores para o tema do momento: a Covid-19. Sem conhecimento técnico ou científico, mas com observações e informações, é possível alertar a todos sobre os riscos que voltam a crescer.
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RISCO GERAL
Como todos já sabem, mas muitos não se deram conta, o Novo Coronavírus não ameaça apenas pessoas do grupo de risco, mas também jovens saudáveis. Em Palmital já tivemos morte de pessoa abaixo de 40 anos e também de médico que, na linha de frente do atendimento, acabou vitimado. Quem não teme pela própria saúde ou pela vida, deve ao menos respeitar a saúde e a vida alheias.
MAIS MORTES
Ainda que haja controle e registro oficial dos casos a partir de exames, é possível que muitas mortes causadas pela doença não sejam identificadas. Em todas as cidades e em todos os países aumentaram os casos de síndrome respiratória aguda sem resultado positivo para Covid, o que indica que muitos mortos, principalmente idosos, foram sepultados antes da confirmação da doença.
ESTATÍSTICAS ENGANOSAS
Os negacionistas, aqueles que teimam em contrariar a lógica, costumam comparar o número de registros de mortes feitos nos cartórios para provar que a doença não está matando tanto como se diz. Esquecem que com menos automóveis, menos aviões, menos festas e menos aglomerações, as mortes por acidentes e pela violência se reduzem e confundem as estatísticas.
OBSERVAÇÃO ERRADA
Outra constatação mal feita, para não dizer mal intencionada, é afirmar que os hospitais estão vazios. Neste caso, os mal informados não sabem que as cirurgias eletivas, aquelas marcadas com antecedência, assim como outros procedimentos de rotina, estão sendo adiados para evitar a ocupação dos leitos e o risco de contágio dos pacientes. O que interessa é saber o índice de ocupação das UTIs, que voltou a crescer.
SEM VACINA
As seguidas notícias sobre aprovação e produção de vacinas, com aplicação já iniciada no Reino Unido, faz com que muitos relaxem e se sintam seguros. Esquecem que vivemos no terceiro mundo, com governantes incompetentes e vaidosos, mais interessados no dividendo político da doença do que na cura, e que a vacina pode demorar ou sequer debelar a pandemia.
ÚLTIMA FESTA
Os que já estão cansados do distanciamento social e ansiando por festas e eventos, devem se lembrar que reuniões com grande número de pessoas são os principais meios de contágio. Quem está trocando a segurança do recolhimento doméstico por uma grande confraternização, como as de Natal e Ano Novo, devem lembrar que essas podem ser a últimas festas de suas vidas.
UM POR TODOS E TODOS POR UM
Quem espera algum gesto de grandeza ou de sabedoria da teimosia do capitão Bolsonaro, ou alguma humildade do nosso marqueteiro João Doria, pode morrer antes da hora. A pandemia exige consciência pessoal e coletiva para se proteger e não expor os semelhantes. Com exceções, é possível viver, se divertir e trabalhar com risco mínimo. Precisamos de bom senso e disciplina e não de governos.