Risco de apagões pode levar à volta do horário de verão no Brasil ainda em 2024

O risco de apagões fez voltar à pauta a possibilidade de retorno do horário de verão. Na segunda-feira (11/09), tanto o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, quanto o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, aventaram chance de a medida ser implententada ainda neste ano.

Durante participação em um evento sobre gás natural em Brasília, Alexandre Silveira afirmou que há estudos para a possível volta do horário de verão. O momento atual é descrito como “crítico”.

“Estamos em uma fase de avaliação ou não do horário de verão. O horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião aponta que aprova o horário de verão”, afirmou o ministro à imprensa.

Em outro momento, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, também tocou no assunto. Ele sustentou que não vai haver falta de energia, mas considerou o horário de verão como positivo. “Nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para você poupar energia. Campanha para você economizar energia (é outra alternativa), você procurar desperdício”, defendeu.

Embora a possibilidade da volta do horário de verão tenha sido levantada por autoridades do Executivo, o governo federal tem negado risco de apagão. Por outro lado, a administração federal tem tomado providências para reforçar a geração e a distribuição de energia.

O principal motivo da preocupação é a baixa nos volumes dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 52,79% da capacidade. É o mais baixo entre todos. Depois vêm Nordeste (53,87%), Sul (57,65%) e Norte (77,81%).

Veja os níveis dos sistemas de reservatórios das hidrelétricas:

Imagem colorida arte mapa reservatórios

Arte/Metrópoles

Providências

Diante da situação, a administração pública tem tomado medidas para reforçar o sistema elétrico brasileiro. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) orientou o acionamento das usinas termelétricas.

Com o acionamento das termelétricas, a conta de energia ficou mais cara. A bandeira vermelha patamar 1 entrou em vigor neste mês, após decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Haverá o acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

O governo federal também fez o adiantamento da operação da Usina Termelétrica (UTE) Termopernambuco. Ela estava inicialmente contratada para entregar o suprimento em julho de 2026. Agora, deve se tornar um recurso disponível nos próximos meses.

No último dia 4, o ONS também apresentou medidas que miram dar segurança energética ao país. Entre elas estavam o adiantamento na operação de usinas termoelétricas. Também é pretendido o aceleramento de obras de linhas de transmissão.

Problemas

Outro sinal de pressão sobre o sistema aconteceu no último dia 22. Acre e Rondônia sofreram um apagão que durou, em algumas regiões, ao menos quatro horas. Os motivos do problema não foram expostos.

O horário de verão foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida consiste no adiantamento dos relógios em uma hora. A medida costuma vigorar de outubro de um ano a fevereiro do outro.

Fonte: Metrópoles

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