A crise hídrica mundial, causada pela eterna deficiência de água doce em escala planetária e pela poluição que afeta os mananciais e rios, está sendo sentida também nas pequenas cidades onde sempre houve abundância do mineral potável e de boa qualidade.
Com tradição em distribuir água mineral nas torneiras, Palmital iniciou o sistema de captação e distribuição a partir dos mananciais do Horto Florestal Municipal, que ainda estão atendendo parte da demanda, e depois pelos inúmeros poços artesianos perfurados em várias regiões da zona urbana para suprir o aumento do consumo.
Com histórico de oferecer água de boa qualidade à população, atestada pelos laboratórios oficiais, sem sequer a necessidade de filtragem ou fervura, como acontece em muitas cidades, nos últimos 30 anos surgiu a necessidade de aumentar os reservatório para garantir o abastecimento em tempo integral.
A medida continuada, de construção de caixas d’água nos bairros e instalação de bombas para aumentar a pressão se deve à redução dos níveis dos lençóis freáticos, responsáveis por cerca de 80% da água consumida pela população urbana, e também pela diminuição da captação nos mananciais do Horto Florestal.
“…Palmital mantem a política de oferecer água mineral potável, que serve ao consumo humano…”
Enquanto Palmital mantém a política de oferecer água mineral potável, que serve ao consumo humano e às atividades domésticas e industriais, outras cidades da região optaram pela distribuição de água tratada a partir da captação de reservatórios, obrigando a população a adquirir água mineral para beber.
Portanto, a diferença entre a quantidade de água disponível às pessoas está na qualidade, uma vez que a potável entra em franca redução em períodos de estiagem, enquanto nos rios e lagos, mesmo sujos e poluídos, é possível manter a captação em grandes quantidades continuamente.
Considerando que as águas das nascentes, como as do Horto Florestal, e também as dos poços artesianos, dependem diretamente da infiltração no solo para a manutenção dos estoques, é possível apostar que a impermeabilização de ruas e quintais é a principal responsável pela redução da água potável.
Diante do paradoxo, de oferecer água de boa qualidade e enfrentar as dificuldades crescentes para a manutenção de seus estoques, ou de adotar o sistema de tratamento da água de rios ou lagos e obrigar as pessoas a comprar água mineral, cabe ao Município fazer a escolha mais adequada para garantia permanente do abastecimento.
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