A fumaça das queimadas que tem atingido várias cidades do Brasil preocupa especialistas por conter substâncias altamente prejudiciais à saúde. Entre os principais componentes estão o material particulado fino (PM2.5) e o monóxido de carbono, ambos capazes de agravar doenças respiratórias e cardiovasculares. Segundo a pneumologista Margareth Dalcolmo, “a exposição prolongada a esses elementos tóxicos pode desencadear crises de saúde pública”.
Além disso, o PM2.5, presente na fumaça, penetra profundamente nos pulmões, causando inflamações sistêmicas e aumentando o risco de condições graves, como infartos e derrames. Já o monóxido de carbono interfere na capacidade do sangue de transportar oxigênio, o que pode ser fatal em casos extremos. “Esses elementos desencadeiam uma cascata inflamatória nos brônquios e na vasculatura humana”, explica Dalcolmo.
Para evitar maiores problemas, especialistas recomendam reduzir a exposição à fumaça e adotar medidas preventivas, como o uso de máscaras adequadas e manter ambientes internos fechados. O aumento nas hospitalizações por problemas respiratórios já é perceptível, e os impactos a longo prazo ainda estão sendo estudados.
Como resultado do fenômeno, o céu alaranjado e esfumaçado pode ser constatado na tarde desta quinta-feira (05/09).
Fonte: DCM